O 6 de fevereiro de 2023 traria tragédias pessoais enormes. A minha, com a passagem da minha amiga e cachorra amada, Unesca, após 8 dias de sofrimento pós cirúrgico, altos e baixos na recuperação. As populações sírias e turcas, com quase 8 mil mortos, por conta de um terremoto de escala alta. A queda de uma samaumeira centenária de Belém no Conjunto Arquitetônico de Nazaré. Dores variadas de intensidade que não se consegue medir Aqui, vou falar de Uni, Unesca.
Ficamos juntas por 12 anos e ontem, às 23h eu me despedi da filha, amiga e companheira de tanto tempo. Na hora da partida, choramos eu e Magé, o amigo que compartilha a vida conosco. Uni partiu, mas tá presente em cada canto da casa, em muitas histórias lindas da família e, principalmente, na memória da nossa pele.
A pandemia intensificou o teletrabalho e fiz muitas reuniões on.line em 2020, 2021 e até neste 2023. Era selado iniciar uma reunião e Unesca latir forte, cumprimentando quem estava do outro lado da tela. Todo mundo que reunia já perguntava: Uni não vai entrar ?
Dia 3 de fevereiro, final da tarde, o 1º do planeamento da CUT Pa,, pela primeira vez numa reunião on;line, Unesca não latiu, já na gangorra da recuperação, ora melhor, ora pior, até o que pior ganhou no dia 6 à noite. Vai ser cremada e vou espelhar as cinzas nos canteiros que ela amava passear.
Agradeço a rede solidária que não me deixou cair, embora esteja muito baqueada emocionalmente e com um buraco no estômago. Minha sobrinha, amigo Magé, Silvaninha, minha mana, Aline, Rosana, Lidi, Sandra, Vera, Cínthia e tantas outras, meus filhos, mesmo que à distância e amigos e amigas que ligaram, passaram zap, rezaram. Minha gratidão.
Unesca é agora uma estrelinha, unto com meus manosBetinho, Zé Wilson, papai e mamãe. E eu não tenho mais energia pra qualquer perda desse tipo. Universo, me livra dessa. Pira, paz.