domingo, 18 de outubro de 2015 2 comentários

Mãe, enxuga tua tristeza, dizia aquela vozinha de 5 anos tão gigante na ternura e na poesia... ou de como acalentar uma mãe chorona

Não sei se foi a perda de um grande amor, uma desilusão com amigos, uma promessa quebrada, dívidas sem solução, ou melancolia geminiana que essa é de doer, mas eu chorava e soluçava sem parar na minha cama. 

E chorava tanto que nem me dei conta que ele entrara e me olhava com seus lindos olhos castanhos e cheios de pergunta, um pano de chão, uma flanela velha e suja na mão, quase esfregando no meu nariz:

- Mamãe, enxuga a tua tristeza...

Botou o pano sobre meu rosto e me abraçou com os bracinhos tufados de amor e aconchego. Só tinha 5 anos de idade...Lágrimas congelaram na minha cara, elas todas sem nenhum sentido, diante de tanta ternura.
 Até hoje meu filhote do meio, Silvinho (ou Binho como eu o chamo até hoje) é assim: terno, atento e sem muitas indagações. Mas sempre pronto a acolher...
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Tadinho do meu blog esquecido... tanta coisa acontecendo e contado noutros lugares que ele fica meio abandonado.. Borajá retomar as histórias de filhotes quando eram gititos...

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Silvinho com 1 anos de idade, em 1981

Aos 5 anos de idade, em 1985

Aos 6 meses de idade, em out/1980

Neste 2015 com seus 35 anos, com meus netinhos Arthur e Perseu

Com Lizoca, minha nora e a mulher eleita pra caminhar nesta jornada...

 
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