domingo, 30 de outubro de 2011 0 comentários

Carinho, cuidado, amor e fé unem o Brasil em relação a Lula. Simples assim

Belas imagens deste domingo: a frase do feiciano Guilherme A. H. Gassenferth, compartilhado até não querer mais. Rodou o feice no dia de hoje e é uma pancada certeira nas baixarias que circularam na rede desde ontem, em relação ao Lula. A outra bela imagem é a  foto do Coringão homenageando Lula.

Carinho, cuidado, amor e fé unem o Brasil todinho em relação ao Lula. Porque ele merece. Simples assim.



Aproveito e compartilho o belo texto de Fernando Brito (do Tijolaco):

A fatalidade não se abate igualmente sobre todos os homens. O destino, com seus mistérios, reserva a alguns deles um papel que, embora continuem seres humanos comuns, como nós, os tornam especiais para as coletividades.
Lula é um deles.
Estes homens são capazes de catalisar a força das aspirações de um povo que, de outra forma, ficaria dispersa. Como no magnetismo, têm o poder de orientar todas as partículas humanas que integram uma sociedade e, com isso, criar e fazer agir a imensa força das coletividades que empurra a roda da História.
A estes homens e mulheres, chamamos líderes.
E os líderes, como já disse alguém sobre os príncipes, também se alimentam da força que são capazes de despertar em seus povos.
Agora, neste momento difícil, Lula precisa e terá esta força do seu povo.
Os insondáveis mistérios da natureza das coletividades têm este poder. Não é religião, não é  misticismo. É apenas a sensação humana, comum a todos os seres humanos, de sermos, assim como finitos, infinitos nos nossos desejos e pensamentos.
Veremos e viveremos.
sábado, 29 de outubro de 2011 0 comentários

Lula, em nome da Paz

'Tou muito emocionada, coração gitito e em casa, no prédio em que moro já começou desde manhã uma linda corrente de carinho e oração pelo amado Lula. O sentimento de amor e fé que une o Brasil teimoso. Todo mundo em prece pelo companheiro que ajudou milhões de brasileiros e brasileiras e voltarem a acreditar no país e na esperança. #ForçaLULA

Se você pensa que já vai embora
Nem se avexe, eu não vou deixar
Em Garanhuns, se aprende nessa hora
É na partida que a gente chora
Pela alegria de poder voltar

Você é mais que um bom brasileiro
Pro mundo inteiro você é bem mais
Você é o cara, assim falou o Obama
É a voz que clama por justiça e paz

Para sempre Lula
O Brasil é Lula
Nunca mais a fome em qualquer Nação
Somos todos Lula
No mundo inteiro, Lula
Assim nasce a paz em todo coração.

(Esta bela canção foi cantada por Gaby Amarantos em Belém do Pará, no último comício da campanha Dilma - Ana Júlia, no ano passado, numa noite emocionante, final de setembro de 2010. Homenagem da Link Propaganda. Letra e música Theo. A indicação de Lula ao Nobel da Paz).
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Lula com câncer na laringe

Lula com câncer na laringe. Égua, é com o coração apertado (mas com muita fé na recuperação do Lula) que compartilho esta notícia, colhida do Blog Maria Frô. Forçaí, meu presidente e companheiro! Pula logo essa fogueira, é só mais uma dentre tantas. #VivaLULA

Atualizado às 13:20 para acrescentar novas informações. O nosso amado Lula já está desde ontem no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, já fez a biópsia e o resultado deve sair entre 3 a 5 dias. O tumor tem aproximadamente 2 cm e o tratamento de quimioteparia deve começar na próxima segunda-feira, sem necessidade de internação. Serão 3 sessões de químio, uma a cada 20 dias. O que é bem positivo é que foi descartada necessidade de cirurgia, que poderia deix´-lo até sem voz ou respirando pela traquéia.

Sou uma otimista incorrigível, como diria Drummond e tenho convicção que Lula vai tirar de letra o tratamento. Hoje, me irmano a todo o páis, a todo o planeta que reza pela rápida e completa recuperação do amado companheiro.

Leia também a nota oficial da presidenta Dilma:


Em meu nome e de todos os integrantes do governo,  junto-me neste momento ao carinho e à torcida de todo o povo brasileiro pela rápida recuperação do presidente Lula.

Graças aos exames preventivos, a descoberta do tumor foi feita em estágio que permite seu tratamento e cura. Como todos sabem, passei pelo mesmo tipo de tratamento, com a competente equipe médica do Hospital Sírio Libanês, que me levou à recuperação total. Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com o presidente Lula.

O presidente Lula é um líder, um símbolo e um exemplo para todos nós. Tenho certeza de que, com sua força, determinação e capacidade de superação de adversidades de todo o tipo, vai vencer mais esse desafio. Contará também, para isso, com o apoio e a força de D.Mariza.

Como Presidenta da República e ex-ministra do presidente Lula, mas, sobretudo, como sua amiga, companheira, irmã e admiradora, estarei a seu lado com meu apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo.

Dilma Rousseff

Presidenta da República
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A nova carinha do blog tá aprovadíssima!

Obrigada a quem opinou votando sobre a nova carinha do blog. Que está aprovada pelo povo blogueiro que bate o olho neste espaço.

71% disseram que tá ótimo o novo visual
e 21% disseram que tá bom.
Ninguém votou na alternativa Ruim.
E ninguém votou em "Tava melhor a antiga".

Valeu!


O que achaste da nova cara do blog?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 1 comentários

Banpará 50 anos. Taí o bancão firme e forte, fruto de muita luta e muita unidade



O Banco do Estado do Pará - Banpará fez uma bonita festa comemorando seus 50 anos, ontem à noite no Hangar Centro de Convenções, em Belém. Uma festa que valeu a pena ir pela minha ligação profissional, sindical e afetiva com o Banpará e também porque valeu a pena ouvir o ex-ministro de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros elogiar muitos acertos do meu querido presidente Lula (que tá no berço hoje. Parabéns, meu amado presidente!). É bom demais ouvir um emérito tucano elogiar um petista, como eu dissse rindo ao marqueteiro do governo, do Pará, Orly Bezerra que, do fundo do salão lotado, também ouvia a palestra.

Participar da comemoração dos 50 anos do Banpará para mim tem um significado muito especial e que o setor de marketing do banco conta numa das páginas da bonita e bem feita agenda 2012, distribuida na festa de ontem: em 1998, o funcionalismo do banco, junto com o Sindicato dos Bancários, aprovaram uma série de medidas, algumas bem amargas, mas que asseguraram a permanência do banco no mercado, salvaram 600 empregos àquela altura (hoje o banco tem 1.305 bancários) e um patrimônio público do povo do Pará.

A luta de 1998 foi heróica, de uma resistência ímpar e bonita, valente. Nos salvou da metralhadora giratória do governo FHC, que tirou do mapa do sistema financeiro 23 dos 27 bancos estaduais.

Funcionária do Banpará, eu era em 1998 - com muita honra e alegria - a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará (e mais Amapá, então). Na linha de frente, pois, dessa bonita e vitoriosa resistência.

Então, me emociona muito ver hoje o banco firme, caminhando com suas próprias pernas, vencendo as marés de adversidade. E o funcionalismo do Banpará renovado e com o gene da alegria, energia, valentia em driblar as adversidades e recompor, avançar nos direitos. Bem amazônida.

Acabei meio que ficando contagiada em percorrer mentalmente o túnel do tempo ao ver a bela exposição cuidadosamente preparada pelo Núcleo de Marketing do Banpará, todo formado de colegas dessa maresia boa de lutas e conquistas.

É bom contar e relembrar essa história de bravura, de luta, de unidade e de capacidade de juntar contrários em prol de um bem comum. Quem estava lá, sabe muito bem que não é fácil caminhar com pé descalço em cima de pedras pontudas, a lida nem sempre é reconhecida, pouco vezes é lembrada. Mas olhando pra trás e vendo o resultado da caminhada,  faz um bem que nem te conto....! Como diz o amigo Mário Ribeiro, que era o presidente do Banpará à época: taí o bancão, né Vera? Ele emocionado, também, com certeza.

Observem o sorrisão que abro na foto aí em cima, ao lado do mural do JIB, o Jornal Interno Banpará, editado em 1985 e que tinha minha coordenação na redação, edição e ainda os pitacos no Conselho Editorial. Contamos o cotidiano do funcionalismo do Banpará no JIB e um pedaço da história do próprio banco. O mural faz parte da exposição dos 50 anos do Banpará, em que o protagonista é o funcionalismo, que se reinventa em valentia, resistência e unidade.

Longa vida ao Banpará e meu abraço carinhoso a cada colega que ajudou e ajuda a construir a marca forte de um banco que é forte como seu povo

Da tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília ontem, o deputado Cláudio Puty (PT-PA), fez este pronunciamento acerca dos 50 anos do Banpará:

O SR. CLÁUDIO PUTY (PT-PA. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.
Hoje os bancos estaduais ainda existentes completam 50 anos, e eu uso esta tribuna para dar parabéns aos funcionários, à direção do banco, aos representantes da Associação de Servidores do Banco do Estado do Pará, assim como ao Sindicato dos Bancários do Estado do Pará.



O Banco do Estado do Pará esteve para ser privatizado na década de 90 e contou com resultados pífios até o início da primeira década do século XXI. Mas nos últimos quatro anos houve uma recuperação, e o seu lucro, a partir de alterações internas e maior rigor na gestão, foi quadruplicado, mostrando que, para situações específicas, como a do Estado do Pará, há espaço sim para um banco público estadual.


O banco hoje fortalecido, em processo de modernização, mesmo em situações de grande concorrência, com grandes corporações financeiras, demonstra que terá vida longa. E se depender deste Parlamentar e do Partido dos Trabalhadores do Estado do Pará — aqui, Deputado Zé Geraldo, também presente — teremos vida longa.
Há o espaço para o banco, para o fomento ao microempresariado produtivo, Deputado Miriquinho Batista. Há o espaço para o microcrédito em arranjos produtivos locais nas condições amazônicas.


Enfim, o desafio de desenvolvimento da Amazônia e particularmente do Estado do Pará é do tamanho daquela região. Nós temos de ter todos os instrumentos disponíveis como um banco estadual para podermos fomentar processos de fortalecimento das nossas cadeias produtivas, dos nossos processos de produção que muitas vezes não encontram guarida em outras instituições financeiras, que exigem demais de nossos microempresários, de nossos empreendedores individuais.


Portanto, venho aqui, mais uma vez, dar parabéns ao BANPARÁ — Banco do Estado do Pará — , pelos seus 50 anos. Desejo vida longa ao banco, boas condições de trabalho aos seus funcionários. E que ele possa ser um elo fundamental para o fortalecimento da economia paraense, do desenvolvimento da Amazônia, obviamente com respeito ao meio ambiente, e com atendimento àqueles que não encontram nas outras instituições financeiras espaço para o crédito, para o fomento, enfim, para o desenvolvimento econômico.


Muito obrigado, Sr. Presidente.
Longa vida ao Banco do Estado do Pará!
segunda-feira, 24 de outubro de 2011 4 comentários

Tá aberta na Caixa Federal a conta solidária para ajudar o lutador Moisés

Está aberta a conta solidária para ajudar o pequeno Moisés e a família dele. A conta é na Caixa Econômica Federal, ag. 3229, op. 013 e conta 13.346-4.  Já podem depositar.

D. Lucinda ganhou um telefone e o número é 91.8356.8892 (da tim). Moisés já esteve no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania para as primeiras consultas e amanhã, tem mais consultas para encaminhamento à perna mecânica.

Moisés indagou muito sobre o ar condicionado da agência, os vidros, os vigilantes. Atento e perguntador, quer saber de tudo e pra que serve uma conta. Me disse que quer logo ter as pernas, os braços e um celular que bata fotos. A mãe dele sorri, enquanto assina o nome várias vezes nos papéis de abertura de conta. Tem dificuldade, porque a vista tá cansada, precisada de um bom par de óculos.

Pra semana dou notícias do Moisés.

Blog atualizado em 25.10.11 para incluir post da Maria Frô 

Lembram da vaquinha para o Moisés? Está aberta a temporada de solidariedade


A bancária Marilene, da Caixa Econômica Federal da BR 316 e d. Lucinda mostram a carteirinha da conta de poupança: ag. 3229.op: 013 e conta 13.346-4. 
O pastor da Igreja Casa da Bênção, com d. Lucinda, os bancários da Caixa Econômica da BR 316, Moisés, e os diretores do Sindicato dos Bancários do Pará, Cristiane Aleixo e Alan Rodrigues.


Jeferson e Moisés, amigos e moradores da comunidade da Rua Belém, numa conversa sobre a agência bancária, os vigilantes, os vidros, o ar condicionado, tudo muita novidade.
Moisés brinca e se esconde entre o vidro do andar de cima da agência e a parede: d. Lucinda diz ele fez questão de vir abrir a conta junto com a mãe.
Moisés acompanha atentamente a conversa da mãe dele, D. lucinda, com a bancária Marilena, da Caixa, durante a abertura da conta.
D. Lucinda assina com dificuldade o nome nos vários papeis da Caixa. A vista gasta não ajuda.
domingo, 23 de outubro de 2011 0 comentários

Feliz Recírio e até 2012!

O Recírio marca o fim das festividades do série de peregrinações religiosas do Círio de Nazaré. bancos funcionam  só a partir de 1 da tarde, em belém e no Estado e Belém, é ponto facultativo, isto, é feriado.

Nos reabastecemos de fé e da boa energia do Círio, do amor, de generosidade. Amando a vida, as pessoas, exercitando a tolerância. Cheias de esperança, seguimos em frente, cada uma no seu ritmo, mas buscando a luz e formas coletivas de vida melhor.

Até mais, Mãezinha de Nazaré! (A foto é de Oswaldo Forte, do Liberal)
sexta-feira, 21 de outubro de 2011 2 comentários

A nova carinha do blog e a conta do Moisés

Sexta-feira ainda meio nublada, depois da quinta em que choveu por um mês. E vai ficar pra segunda-feira pela manhã cedo a abertura da conta de doações ao pequeno Moisés. Precisa de uma conta de água ou luz atualizada e em nome da d. Lucinda e como esta semana tem sido de peregrinação em médicos, por parte do Moisés e da mãe dele, ficou para a próxima segunda-feira depois do meio dia  numa agência da Caixa Econômica Federal, que tem estado bem lotada, no retorno da greve. Já está tudo acertado com a agência bancária e já tem até bancário doador. Vai ser depois do meio dia, porque a próxima segunda-feira em  Belém é feriado até meio dia, por conta do Recírio, que  é um pequeno Círio, 16 dias depois da grande procissão.

Guardem as doações até segunda.Na hora da abertura da conta, postarei no feice.

A carinha do blog mudou e fiz até uma enquete (olhem aí ao lado) e opinem se acham que ficou melhor. Bom fim de semana.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011 0 comentários

E dezembro veio pra 20 de outubro

O céu tá quase branco de tão cinzento. Em dezembro, o tempo fica assim. Chegou mais cedo o clima do Natal.


Como aqui em Belém não tem horário de verão, agora são quase cinco da tarde, mas desde as 3 horas que todas as luzes das ruas estão acesas. Desde as 11 horas, bateu uma ventania medonha em Belém, e depois nuvens carregas no céu. Chuva em seguida e quando iniciou a tarde, o céu ficou tão cinza, tão cinzento que lembrava o céu londrino que a gente vê em filmes, em fotografias, em reportagens.

E agora, quase cinco da tarde, o céu continua lindamente cizento, nubladão, uma chuva caindo o tempo todo, ora mais grossa, ora mais fina.

Belém costuma ficar assim cinzenta no inverno paraense  em dezembro, janeiro. Parece que dezembro chegou antes. Veio neste 20 de outubro, data do aniversário de meu mano caçula, Betinho que, se fosse vivo, faria hoje 45 anos. E dia também que meu sobrinho-neto José Pietro completa 2 anos. E dia em que ocorreu uma negociação entre o sindicato dos bancários o banco da Amazônia, este com funcionalismo em greve há 24 dias, na luta por dias melhores.

Belo e estranho 20 de outubro que antecipa dezembro em nossas vidas. Falei sobre o início da mudança do tempo no meu facebook hoje de manhã:



Primeiro, foi uma ventania tão forte que espalhou os pedacinhos de papel grudados nos bancos e edifícios da av. Pte Vargas, ainda rescaldo da chuva de papel do Círio. Depois da ventania, o céu ficou preto de nuvens carregadas e a chuva caiu. isso tudo, hÁ menos de meia hora. A cara de Belém.... Cris AleixoReiko Miura Márcia Gemaque
 ·  · há 3 horas

  • Cinthia Medeiros curtiu isto.

    • Socorro Setubal Aqui em Ananindeua tmbm. O q será? Fenomeno da natureza? rsrsrsr
      há 3 horas · 

    • Vera Paoloni Não sei, Socorro Setubal,mas estranhei tanto vento.... E não sabia que em Ananindeua tb tinha acontecido a mesma coisa...
      há 3 horas · 

    • Eliane Paixão Até aqui em Capitão Poço aconteceu o mesmo
      há 3 horas · 

    • Cris Aleixo Iansã vem nos beijar as faces com eus ventos fortes...
      há ± 1 hora · 

    • Cinthia Medeiros Eu esperei tanto, mas ela não caiu pra mim...Saudade de chuva!
      há ± 1 hora ·  ·  1 pessoa

    • Maria Do Carmo Nosso clima é muito bom...., sol forte, depois ventos e depois delicadamente cai a chuva da tarde....perfeito, como é bela a natureza..Vera PaoloniCris AleixoGhyslaine Cunha
      há 14 minutos ·  ·  2 pessoas
quarta-feira, 19 de outubro de 2011 0 comentários

Amanhã, abertura da conta solidária ao Moisés.

Vai ficar para amanhã  abertura da conta para o pequeno Moisés. A categoria bancária na Caixa Econômica Federal aqui no Pará ficou mais um dia na greve e retornou ao trabalho hoje. Agências apinhadas de gente, maior sufoco, melhor deixar pra amanhã.

Aproveito para me solidarizar com os bancários do Banco da Amazônia que continuam em greve e aos professores do Pará. E compartilho aqui o excelente artigo do companheiro presidente da CUT nacional, Artur Henrique, Greve, instrumento de transformação social. Leia dois trechinhos:

Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.
....

O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.

Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.



E aqui, todo o artigo, publicado no blog do Artur:


A greve é mais que um direito constitucional e um instrumento legítimo para os trabalhadores cobrarem aumentos salariais, proteção e ampliação de direitos e melhoria das condições de vida em geral.
Um movimento grevista também é um dos principais momentos para elevar a consciência crítica da população. É uma oportunidade de as pessoas se enxergarem como conjunto transformador, e por isso guarda em si potencial de catarse política, de passagem para uma experiência ativa de mudança do mundo social.

Compreendido esse potencial, entende-se porque as greves são tão hostilizadas – embora, e propositalmente, jamais de modo a apontar o verdadeiro temor – pelos patrões em geral e todo o sistema hegemônico de que dispõem.

O que não se pode entender ou mesmo aceitar é que administradores públicos das três esferas de governo, especialmente aqueles que têm origem no movimento sindical e nas lutas sociais, tentem desqualificar a greve ou coloquem-se contra o movimento como se defendessem um princípio.
Acompanhamos em greves recentes e bastante disputadas – como a dos professores em 17 estados brasileiros e a dos Correios – manifestações autoritárias e reacionárias que se prestaram à deseducação política e à desmobilização social.
Crédito da foto: Dino Santos

Nem vamos nos deter mais longamente em reações truculentas como a de alguns governadores e prefeitos que permitiram ou talvez até tenham ordenado a repressão policial sobre os trabalhadores, tamanho o absurdo da conduta.

Porém, não é preciso chegar a tal manifestação antidemocrática para ser igualmente nocivo à organização dos trabalhadores. A ameaça de não negociar com grevistas ou a intenção de negociar separadamente com aqueles que não aderiram à greve é uma tentativa de premiar o medo, a timidez e, principalmente, o individualismo. Ainda que a escolha de participar ou não de uma greve seja um direito legítimo de cada trabalhador e trabalhadora, quando uma autoridade pública acena positivamente para aqueles que optaram pela via solitária, presta desserviço igual à construção da consciência política coletiva e ao sonho de mudar a sociedade.

Quando atitudes como essa partem de companheiros que já foram sindicalistas e que já fizeram greve, deparamo-nos com uma ameaça séria. Claro que não podemos nos deixar levar pela sensação de desalento que tal situação poderia produzir, mas é inevitável um travo de decepção na garganta – sem falar que a conduta desses companheiros serve como justificativa para políticos tradicionalmente avessos às lutas populares.

Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.

Se nosso desejo é que as pessoas que hoje saem da pobreza e começam a ascender socialmente não reproduzam amanhã o mesmo espírito de competição entre iguais do qual já foram e ainda são vítimas, se queremos a solidariedade como princípio e o coletivo como estratégia, nosso caminho é totalmente outro.
Assembleia dos trabalhadores do Correio em greve. Crédito: Fentect-CUT


Greve não é um objetivo em si
Nada disso quer dizer que a greve seja algo que busquemos como recurso primeiro. Ao contrário. Quando acontece, a greve é resultado de um processo de negociação que fracassou. Em circunstâncias assim, é o último e único recurso de pressão dos trabalhadores, diante da multiplicidade de mecanismos de que dispõem os empregadores – força econômica, domínio dos meios de comunicação e até controle das forças de repressão.

Os mais bem sucedidos processos de negociação, por sua vez, derivam da realização de greves em períodos anteriores que elevaram o grau de consciência política e organizativa de determinados grupos.
Já o fracasso de um processo de negociação não pode ser atribuído a um único ator do processo. Tanto no setor privado quanto no público, os administradores têm entre suas funções básicas a intermediação de conflitos trabalhistas.


Justiça do trabalho
Por isso consideramos inadmissível que a Justiça do Trabalho, como alguns de seus mais destacados representantes fizeram por ocasião da greve nos Correios, atribua aos trabalhadores e seus sindicatos a responsabilidade total pelas paralisações.

Aliás, a chegada de um conflito entre capital e trabalho até a Justiça é o pior cenário de um movimento grevista, pois sinaliza o fracasso completo do processo de diálogo.

Ainda sobre a Justiça do Trabalho, é importante destacar – registre-se que isso não ocorreu no caso dos Correios – a prática cada vez mais recorrente de julgar a conveniência ou o caráter abusivo da greve antes mesmo de considerar a justeza das reivindicações.

Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo.

Vivemos no Brasil um momento complicado em relação aos processos de negociação coletiva. Há um vácuo legal para o qual já propusemos, para o setor público, a regulamentação da Convenção 151 do OIT – já ratificada pelo Congresso – e a organização por local de trabalho tanto para o setor privado quanto para o público.

Um dos legados dos anos Lula e Dilma deve ser a ampliação da consciência e participação política do povo, jamais o contrário.
Protesto em Wall Street. Foto Google
No mundo inteiro

Enquanto isso, os indignados de todo o mundo vão às ruas protestar contra o capitalismo, ainda que de forma fragmentada, com bandeiras múltiplas, reivindicando uma nova forma de gerir o planeta. Todos que acampam, levantam bandeiras e batem bumbo querem dizer, se me permitem o uso de uma frase que os estadunidenses criaram, com sua capacidade toda própria adquirida graças ao cinema e à publicidade: “Você não me deixa sonhar, então eu não deixo você dormir”.

O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.

Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011 0 comentários

Um só peso e só uma medida: direitos iguais para os que perdem casas em incêndio e os que têm prédios trincados

Muitos incêndios liquidaram casas e pertences de muita gente pobre em Belém, no Jurunas, no Guamá... Não foram alojados em hotéis. Por quê?
Edifício Wing (mais alto) e ao lado, o edifício La Vie Em Rose: áreas nobres, altos preços. E a segurança?

O assunto desta segunda-feira é o estalo do pilar de sustentação do edifício Wing, em área considerada nobre pelas imobiliárias, na Rua Diogo Moia, no bairro do Umarizal. O prédio tem 28 andares, 1 por andar, cada um avaliado em 1 milhão de reais. No final de janeiro deste ano, um outro edifício, o Real Class, implodiu numa tarde de sábado. Em ambos os casos, o engenheiro calculista, responsável pelos cálculos é o mesmo.

Em Belém, os preços dos apartamentos e imóveis em geral são dos mais caros do país e há uma reconhecida explosão imobiliária, falta de fiscalização, falta de condições decentes de trabalho para os trabalhadores da construção civil e de responsabilidade com as pessoas, com o meio ambiente. É o Deus dará.


Tem algo que chama a atenção de muitas pessoas neste episódio: todos os moradores do edifício e de sete residências próximas foram imediatamente alojadas em bons hotéis de Belém. Quem paga? o Estado do Pará. Acho uma boa medida e só quero que essa iniciativa não seja exclusividade de moradores mais abastados e que residem nas chamadas áreas ricas de Belém, mas passe a ser um uso e costume também para os moradores pobres do Jurunas, Terra Firme, Guamá e de qualquer parte da cidade ou do Estado como os que perderam suas casas em incêndios este ano, como o aqui relatado. Ou os que perdem seus poucos bens em incêndios, enchentes e outras tragédias coletivas.

O Ministério Público entrou na parada e o assunto está em pauta nos blogs e na imprensa em geral. Acompanhe os assunto nos blogse nas redes sociais. Comentários fervendo:
Atualização às 13:11 para acrescentar correção: quem paga os hotéis é a construtora e não o Estado, informa a secretária adjunta da SECOM, Simone Romero, pelo twitter.
sábado, 15 de outubro de 2011 3 comentários

Deslanchou o SOS, Moisés. Vamos acompanhar....

D. Lucinda e Moisés: dois exemplos de superação diária. 


Quando chegamos na casa do pequeno Moisés, senti logo a boa energia da família, uma energia de ajuda mútua, de compartilhamento, de participação. Uma família de 48 pessoas, entre pais, mães, avós, tias, tios, sobrinhos, primos. A casa de Moisés, d. Lucinda, a mãe e seu Lourival, o pai e os quatro irmãos  é uma casa modesta, mas que esteio de amor. Foi o que senti e fui confirmado nas conversas da mãe, a guerreira Lucinda, dos pais dela, dos filhos e de toda a família. Família que opina, que participa, que dá a mão, solidariamente. A casa fica na Rua Belém, 184, bairro Águas Lindas, em Ananindeua, região Metropolitana de Belém.


Na casa do Moisés moram ele, a mãe, o pai e quatro irmãos. É o caçula e o único que tem renda fixa, uma contribuição de um salário mínimo, desde que nasceu, vinda do governo federal, o BCC – Benefício de Prestação Continuada. Dona Lucinda me conta que já teve Bolsa Família, mas há 3 anos, não tem mais e não consegue explicar  qual a razão, mas é algo a ver com cadastramento. Ela tem dois filhos em idade de ter o Bolsa Família. Na casa não tem água encanada e nem poço artesiano. A água é conseguida na vizinhança. Não tem computador e nem internet. Nem mesmo celular ou telefone fixo. O banheiro é uma casinha no fundo do quintal, fora da casa.


As 48 pessoas da família de Moisés moram na vizinhança, como uma autêntica comunidade, como companheiros, aqueles que repartem o pão. Compartilham as dificuldades, os aniversários, as doenças, as alegrias, a oração na igreja Casa da Bênção, que também fica na vizinhança. Esse clima efetivo de comunidade  foi o que permitiu que a história de Moisés rompesse o cordão sanitário do isolamento. Uma vizinha, Leida, que trabalha num jornal avisou a redação que havia uma criança que enfrentava as própria dificuldades jogando bola, andando de bicicleta e sendo criança. O assunto ganhou o jornal impresso, a TV, os blogs, varou as redes sociais e estabeleceu uma bela rede solidária.


A ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, estava na pequena comitiva que foi visitar Moisés hoje pela manhã. O coordenador do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania, Agostinho Monteiro, já estava na casa de Moisés. “Recebi uma ordem do governador para cuidar desse assunto e aqui estou”, nos disse ele muito feliz em também poder ajudar nos encaminhamentos para que Moisés tenha tratamento e prótese. Na próxima terça-feira, Moisés irá a um centro de saúde para dar início ao processo que lhe garanta uma perna mecânica, fisioterapia e o tratamento no Hospital Sarah. Ana Júlia informou à família que o ministro Padilha, ministro de saúde do governo da presidenta Dilma, está a par do assunto de Moisés e que o menino tem total direito, pelo SUS, a ter tratamento completo e contínuo.


Eu e a feiciana Josie Pereira Mota indagamos pra D. Lucinda se Moisés precisa de ajuda para ir ao banheiro, para almoçar. Pras refeições, não, ele consegue comer sozinho, me diz a mãe, mas precisa de ajuda pra escovação dos dentes e para o banheiro. É acompanhamento diário, há dez anos desde 13 de julho de 2001, data em que Moisés nasceu. Agora, a expectativa da família é que Moisés ganhe a perna mecânica e, quem sabe, os braços. 

Fiz questão de dizer a d. Lucinda o recado da companheira blogueira Conceição Oliveira, do Maria Frô: que Moisés tem essa fibra e essa coragem porque tem uma mãe forte. Ela sorriu meio encabulada e agradeceu, olhando pra toda a família como que dizendo: eu e todos esses pelejamos com Moisés.


Fiquemos todas atentas para o desenrolar do tratamento de Moisés, para não cair no esquecimento ou nas valas da burocracia.


Por ter esse receio, deixamos com d. Lucinda nossos telefones e que ela nos ligue a cobrar em qualquer situação. Pedimos o mesmo para a pastora Valéria e para as irmãs de Moisés. A ex-governadora Ana Júlia ficou bem emocionada em dois momentos: quando d. Lucinda informou que Moisés, aos 5 anos, na campanha de Ana Júlia ao governo do Estado, segurava a bandeira do PT nos bracinhos e dizia; mãe eu sou Ana Júlia”. E também quando Agostinho Monteiro, o representante do governo do Pará, confirmou que ela, quando governadora, inaugurou um infocentro para pessoas portadoras de deficiência “de primeiro mundo”, com todos os aparelhos para cedgos, surdos, mudos e pessoas sem mobilidade.



Minha proposta para a rede solidária é que abramos uma conta-corrente para ajudar a família a ter condições de manter Moisés. Amor e família ele já tem. E não é pouca coisa. 

Quem tiver a fim de ajudar de alguma forma, anote contatos:
  •  Pastora Valéria, fones 91.9129.6593 e 91.8246.1274;
  •  Vizinha da d. Lucinda – D. Dalva: 91.3234.2152.
E que tal, além de abrir a conta-corrente para ajudar no tratamento de Moisés (após a greve bancária, claro), organizarmos um belo Natal para as crianças da Rua Belém? 


Ah! sim  e antes de acaber este escrito: tou muito feliz em integrar esta rede solidária. Vamos continuar acompanhando o Moisés e essa jornada até que ele consiga andar com duas pernas. E quem sabe com dois braços.

(Eu, olhando atentamente para Moisés escrevendo o nome. Sua muito, porque faz muito esforço, mas é um esforço que ele faz feliz).


Ana Júlia, Agostinho Monteiro e Moisés.

Da porta que dá saída para o quintal, a criançada acompanha a conversa que rola na cozinha.


Agostinho Monteiro, eu, Moisés e Josie Mota.
Moisés com o bancário Daniel Florentino e o sindicalista bancário Marco Aurélio Remédios.

 Parte da família posa para a foto na hora da partida, junto com a ex-governadora Ana Júlia.
Meninada acompanhou toda a nossa visita bem atenta.

Moisés mostra pra nós como faz as refeições sozinho.

Mais uma voltinha na moto elétrica...
 
A moto elétrica, um dos presentes que Moisés ganhou após o noticiário da imprensa. Alegria da garotada.
A casa de Moisés, na Rua Belém 184, Águas Lindas, Ananindeua-Pará.

O vídeo gravado no celular pelo bancário Daniel Florentino, hoje pela manhã, na casa do Moisés, ele escrevendo.
O vídeo da tv Liberal.
 
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