domingo, 27 de janeiro de 2013 0 comentários

É um domingo de luto com essa tragédia de 200 mortos em Santa Maria-RS. Minha solidariedade, em meio a tanta dor!

Nem consigo imaginar a dor das famílias dos 180, 200 mortos nesta madrugada na boate Kiss em Santa Maria-RS. Minha solidariedade às famílias, aos pais e a todos que se comovem, se entristecem, choram diante de tão monumental tragédia.

Pelas primeiras informações que chegam via internet, rádio, tv, a asfixia pode ter matado as pessoas. E fica escancarada a omissão criminosa do poder público, pois numa boate com 2 mil pessoas, a informação que se tem é que havia apenas uma saída de emergência, esta localizada na área VIP, dos camarotes. Que os extintores de incêndio não estavam funcionando. Não tinha alvará de funcionamento, como informou o comandante do Corpo de Bombeiros à CBN. E que mesmo com a boate em chamas, os seguranças exigiam as comandas para quem tentava sair. Sem contar que a ausência de sinalização sobre saída fez muita gente correr para os banheiros.

Há uma imensa cadeia de responsabilidades, mas o que mais impactou foi saber que os seguranças foram orientados - e cumpriram a orientação!!!- de trancar as portas, mesmo com o incêndio acontecendo!

No twitter, a indignação de vários tuiteiros vai mostrando caminhos e porquês a esta tragédia. Mas que não se culpe o porteiro, por favor:
  • Lafayette Nunes: Em Belém várias Boates são assim: A única porta, e estreita, de entrada é a ÚNICA de saída e de EMERGÊNCIA!
  • Maria_Fro/Conceição Oliveira: Pior que conhcendo como funciona capital +poder público, esta tragédia não vai servir para mudança radical em relação à segurança e fiscalização.
Mais de 232 mortos confirmados. (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)
P.S - Presidenta Dilma cancelou agenda no Chile e volta para o Brasil, para Santa Maria-RS. Como mãe, avó, mulher, a presidenta deu entrevista há pouco, muito emocionada. E que o governo federal dará toda ajuda às famílias e ao município de Santa Maria-RS.

O Brasil está de luto!
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013 0 comentários

Lúcio Flávio Pinto condenado a pagar 410 mil reais aos Maiorana.

O que é que é isso? Justiça (sic) condena de novo o jornalista Lúcio Flávio Pinto a pagar 410 mil reais (ou 600 salários mínimos) à família Maiorana. Danos morais! Fora de qualquer razoabilidade essa condenação e o tamanho da pena!

Hipoteco ao LFP total solidariedade. Leia  notícia no blog do Manuel Dutra. 
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 0 comentários

Dilma samba e sapateia sobre PIG e oposição ao anunciar a redução da conta de luz

Foi muito pai d'égua ver a presidenta DilmA sapatear em cima da oposição e do PIG ao anunciar a redução na conta de luz e desfiar as políticas públicas de inclusão social no Brasil construídas desde que o PT chegou ao Planalto Central, em 2003. Uma fala pra cima, de boa combatente do bem. 

 Valeu, Dilma! Agora, que venha a Ley de Medios!
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“Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média. Ao mesmo tempo, estamos ampliando o investimento na infraestrutura, na educação e na saúde e nos aproximando do dia em que a miséria estará superada no nosso Brasil”.

“Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. (…) Porque somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais”
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013 0 comentários

Terceirização avança, se espalha, reduz empregos e direitos em todos os setores da economia. E o trabalho decente?

No blog Arte Bancária, uma informação e uma denúncia. A informação é que nestes 22 e 23, a CUT.Pará + AFL/CIO promovem um debate sobre terceirização, evento a ser realizado na sede do Sindicato dos Bancários do Pará, em Belém, com a presença do dirigente nacional da CUT, Jacy Afonso e do integrante do Grupo de Trabalho de Terceirização e diretor da Contraf-CUT, Miguel Pereira, dentre outros.

A denúncia é sobre dois emblemas de terceirização: um, na empresa Zara e outro, na hidrelétrica de Jirau. O blog chama a atenção também para o avanço da terceirização no Pará, especialmente no setor de mineradoras, setor elétrico. no campo, na área financeiro e nos setores públicos. Do evento de 2 dias, a CUT.Pará tirará estratégia de resistência e combate à terceirização.

Para a CUT.Pará, terceirização não rima com desenvolvimento sustentável. E se for regulamentada a terceirização como prevê o projeto de lei do dep. Sandro Mabel (PMDB-GO), o emprego e o trabalho decente estarão implodidos, assim com direitos sociais.
Clica e lê. 

 No jornal 225, produzido pela CUT Nacional, um vídeo sobre terceirização. Vale a pena assisti-lo:
sábado, 12 de janeiro de 2013 0 comentários

#Belém397anos e 10 pontos para projetar o futuro, por Fábio Castro

Belém faz 397 anos hoje. É uma cidade tão linda e tão amada que merecia dias melhores. O amigo e professor Fábio Castro aponta 10 itens para projetar um futuro decente à amada morena e à sua população, aqui nasceu cá e a que escolheu Belém como seu território, como é o meu caso. Belém e seus cheiros, mercado musical e terra de afetos e baita resistência.

Parabéns, Belém!

10 pontos para Belém projetar seu futuro. Por Fábio Castro


A Belém que completa 397 anos está quebrada, esgotada e humilhada. A prefeitura que termina, reconhecida pela opinião pública – da esquerda à direita, do Psol e do PT mais crítico aos tucanos mais cínicos e peemedebistas mais egoístas – como a pior de toda a história da cidade. A prefeitura que começa o faz sob maus augúrios e passos tortos, com as velhas práticas de nepotismo.
Um Plano Belém 400 Anos é urgente. Sem maiores pretensões, penso que os pontos centrais:
1. Belém tem que se pensar metrópole, se pensar para 15, 30, 50 e 100 anos. Chega de visões acanhadas. Chega de remendar, de tapar buracos. Precisamos de ousadia. Queremos um projeto incrível, inimaginável hoje. Um projeto que nos surpreenda por pensar Belém como uma das grandes metrópoles da América Latina, a partir do conceito de Belém-capital.
2. É preciso superar o paradigma da saída única, a BR. Belém precisa crescer na direção de Barcarena, porque é lá que está o capital: a ZPE (que o governo do PT instalou e o governo Jatene abandonou), a Albrás-Alunorte, várias outras empresas e, brevemente, a ferrovia Norte-Sul. Urge projetar uma nova via – Manaus o fez sobre o Rio Negro, muito mais complexo que o Guamá... A “alça viária” não é uma solução, mas, simplesmente, uma via auxiliar.
3. É urgente pensar na superação do caos absoluto nas condições de habitação de Belém. Precisamos construirbairros planejados, com moradias dignas, com acesso a esgoto e água, servidas por transporte público e servidas por escolas e postos de saúde. Isso não pode ser feito na BR. É preciso ir na direção sul, direção de Barcarena.
4. É fundamental pensar num transporte metropolitano eficaz, associando trem e rios. Vamos nos lembrar que a velha Estrada de Ferro de Bragança equivaleu a isso, na mesma medida em que o excelente sistema de bondes da cidade equivaleu a um sistema de transporte municipal. O Governo Brasileiro os anulou. Justo que pague por isso.Precisamos de um trem de periferia, com uma linha ligando Belém a Castanhal e com outra ligando Belém a Barcarena.
5. De quebra, precisamos de um sistema de transporte municipal eficaz. Todo BRT é provisório. No máximo, é complementar. Para uma cidade grande como Belém, é preciso trilho. Trem. E, é óbvio, aproveitar o sistema de rios e canais da cidades. O Governo Federal tem obrigação de financiar esse sistema.
6. É preciso distribuir o comércio. O atual comércio ocupa o centro histórico. É preciso distribuí-lo, polariza-lo. O poder público deve criar zonas comerciais no quadrilátero central (ver item 7), na Cabanagem, em Ananindeua e em Icoaraci.
7. O centro da cidade se descolocou. A tendência é que ele siga na direção da Almirante Barroso, formando um quadrilátero que tem seus limites nas seguintes vias : 1o de Dezembro (ops, JP II), Pedro Miranda, Humaitá e Dr. Freitas. Esse é o quadrilátero central, a zona que, sem deixar de ser residencial, deve receber bancos, comércios, empresas e escritórios. Temos que inventar esse quadrilátero: dotá-lo de um sistema de transportes ágil e interliga-lo rapidamente aos subúrbios.
8. centro histórico é constituído pelos bairros da Cidade Velha, Comércio, Campina e Reduto, bem como por partes de Nazaré e Batista Campos. É preciso protege-lo. Sem ele Belém não tem identidade. Com ele, Belém se projeta para o futuro. Necessário recuperá-lo, mas isso passa por torna-lo habitável, por criar condições de moradia nesses espaços.
9. Toda transformação necessita de um cuidado triplicado, com o meio ambiente. É preciso crescer na direção de Barcarena de maneira responsável, protegendo o ecossistema insular. É preciso proteger o rio Maguary, o rio Guamá e os lagos Utinga e Água Preta.
10. O caráter de Belém passa pelas praças públicas. A praça, o parque, é a praia do belemense. Veja-se as praças da República e de Batista Campos, bem como o Goeldi e o Bosque. Imagine-se espaços semelhantes criados nos bairros, nos subúrbios, no municípios da região metropolitana.
UNI, a cachorra sapeca do meu filhote, mira Belém empoleirada na janela de casa. Um pedaço da copa do Bosque é vista.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013 0 comentários

Carlos Cordeiro: o neoliberalismo perdeu a vergonha e volta a dominar todos os espaços na grande mídia nacional, mesmo após ter provocado a perda de 30 milhões de empregos no mundo.

Resumo da ótima entrevista que o Carlos Cordeiro (Carlão), presidente da Contraf-CUT (confederação dos trabalhadores do ramo financeiro) deu ao sítio da confederação. Ele fala dos desafios que o movimento sindical e a classe trabalhadora têm para este ano que se inicia e também para os próximos. Pois PIG e velha mídia estão bem articulados e em franca campanha pra trazer de volta o retrocesso ao Brasil.

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"Em nome do deus mercado, os neoliberais, cujo quartel-general se esconde nas entranhas no sistema financeiro, combatem a política de queda de juros e spread do governo federal, rebelam-se contra a redução das tarifas de eletricidade e contra as intervenções do Estado para regular áreas estratégicas da economia. Demonizam as políticas sociais e amplificam a campanha visando criminalizar a ação política dos que os combatem, especialmente dirigentes políticos do Partido dos Trabalhadores. 

Apesar de ter provocado a crise econômica, que desde 2008 fechou mais de 30 milhões de postos de trabalho em todo o mundo, e na Europa estar destruindo o Estado de bem-estar social construído em quase um século de lutas dos trabalhadores, o neoliberalismo perdeu o pudor e volta a dominar todos os espaços na grande mídia nacional", diz Carlão.
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Desafios da classe trabalhadora, movimento sindical e bancários, destacados por Carlão:
  • Regulamentar-já a mídia!
Urge uma regulamentação da mídia. O marco regulatório das comunicações no Brasil é de 1962, de uma época que não havia sequer televisão a cores, quanto mais TV a cabo e internet. A Argentina está fazendo essa discussão, com um projeto que tem recebido elogios das Nações Unidas. A Inglaterra está punindo os excessos e crimes cometidos pelos jornais do Rupert Murdoch. Na Europa e nos Estados Unidos há limite para que um mesmo grupo empresarial acumule propriedades cruzadas de meios de comunicação, de forma a impedir o oligopólio e incentivar a diversidade de propriedade de meios de comunicação e, em última instância, a liberdade de expressão e a pluralidade de opiniões.

  • Acabar com demissão imotivada, terceirização, precarização...
Do ponto de vista corporativo, o grande desafio hoje colocado é o emprego. Temos de criar condições para grandes mobilizações em defesa do emprego, porque banco e governo é como feijão: só com pressão. É importante negociar, estabelecer as mesas de negociação, mas negociação sem mobilização é frágil. E isso passa por ampliar nosso diálogo com os trabalhadores, para estarem mais presentes nesses processos de negociação, participando das mobilizações.

É possível dar um salto de qualidade no debate do emprego. Não podemos ficar atrás do debate que há em outros países, que têm empregos estáveis, sem rotatividade. Esse é, sem dúvida, hoje o maior desafio que a categoria bancária tem. É preciso acabar com a demissão imotivada, com a terceirização, com a precarização, com o trabalho indecente, com os projetos de correspondentes bancários.

  • Pra que serve o sistema financeiro?
A reforma do sistema financeiro é absolutamente prioritária. Por isso, nós precisamos cada vez de uma conferência nacional sobre o sistema financeiro. Como o governo ignorou as várias solicitações que fizemos para realizá-la, cabe aos trabalhadores e outros representantes da sociedade concretizá-la. É muito importante discutir não apenas o papel dos bancos e do crédito, mas acima de tudo o que a sociedade quer de um sistema financeiro, para onde estará direcionado, quem vai ser atendido, a questão da universalização dos serviços bancários, a redução dos juros e das tarifas e, acima de tudo, com fiscalização eficiente e punição exemplar quando houver falcatruas.

  • Remuneração decente e fixa
Os outros dois desafios corporativos são o da remuneração e das condições de trabalho. É preciso inverter essa lógica de remuneração variável x remuneração fixa. Temos que lutar por uma remuneração decente, fixa, e que tenha impacto em toda a vida laboral, especialmente na aposentadoria do trabalhador. Essa é uma mudança que vai depender de muito debate com os trabalhadores e muito enfrentamento com os bancos e com o governo. E, claro, da nossa unidade e mobilização.
  • Movimento sindical precisa se qualificar sobre grandes temas
 As reformas tributária e política, a regulamentação do sistema financeiro e o marco regulatório das comunicações são temas que a sociedade, e especialmente os trabalhadores, precisam ficar a par deles. E para isso o movimento sindical precisa estar preparado, conhecer esses temas e se especializar neles para promover a discussão, fazer o debate e dialogar com os trabalhadores. Temos que ter posição a respeito desses temas e, mais do que isso, fazer a disputa na sociedade, sendo a referência dos trabalhadores, porque hoje os empresários acabam sendo a grande referência.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013 0 comentários

#Feliz2013! Coragem para se renovar. Parabéns, Haddad e Padre Nélson!

Neste 1º de janeiro de 2013 de calmaria, beleza, preguicinha e ressaca, eis que me deparo na net com o belo e instigante texto de Leonardo Boff (mais abaixo). Lembro imediatamente do amigo e companheiro Carlos Cordeiro, presidente da brava e combativa Contraf-CUT, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que sempre cita a parábola da águia e  da galinha.

Bem a calhar, no dia em tomam posse os prefeitos e prefeitas de todo o país. Destaco  dois, pelo simbolismo: Fernando Haddad, em São Paulo e Padre Nelson, em Bragança.Pa. 

Bragança tem 399 anos e será pela primeira vez governada por um petista e padre. É a terra que meus pais escolheram para viver o final de seus dias e onde mora boa parte da minha família paterna e mais minha mãezinha e meu mano mais velho. E São Paulo é o símbolo da vitória da resistência, da articulação e da capacidade de fazer aliados! É a vitória da luz sobre as trevas.

Muita força, coragem e banho de povo em cada gesto, Haddad e Padre Nélson!


Padre Nelson, de Bragança.Pa, durante a linda e vitoriosa campanha em 2012 que o elegeu prefeito.
Haddad, madrinha e padrinho. Feliz 2013, prefeito!


Agora, o artigo de Leonardo Boff:

2013: coragem para se renovar
Há mais de quinze anos atrás publiquei no Jornal do Brasil um artigo sob o título “Rejuvenescer como águias”. Relendo aquelas reflexões me dei conta como de elas são ainda atuais nos tempos maus sob os quais vivemos e sofremos. Retomo-as para alimentar nossa esperança enfraquecida e ameaçada pelas ameaças que pesam sobre a Terra e a Humanidade. Se não nos agarrarmos a alguma esperança, perdemos o  horizonte de futuro e corremos o risco de nos entregarmos ao desamparo imobilizador ou à resignação estéril.
Neste contexto lembrei-me de um mito da antiga cultura mediterrânea sobre o rejuvenescimento das águias.
De tempos em tempos, reza o mito, a águia, como a fênix egípcia, se renova totalmente. Ela voa cada vez mais alto até chegar perto do sol. Então as penas se incendeiam e ela toda começa a arder. Quando chega a este ponto, ela se precipita do céu e se lança qual flecha nas águas frias do lago. E o fogo se apaga. Mas através desta experiência de fogo e de água, a velha águia rejuvenesce totalmente: volta a ter penas novas, garras afiadas, olhos penetrantes e o vigor da juventude. Seguramente este mito constitui o substrato cultural do salmo 103 quando diz:”O Senhor faz com que minha juventude se renove como uma águia”.
E aqui precisamos ser um pouco psicólogos da linha de C.G. Jung que tanto se ocupou do sentido dos mitos. Segunda esta interpretação, fogo e água são opostos. Mas quando unidos, se fazem poderosos símbolos de transformação.
O fogo simboliza o céu, a consciência e as dimensões masculinas no homem e na mulher. A água, ao contrário, a terra, o inconsciente e as dimensões femininas no homem e na mulher.
Passar pelo fogo e pela água significa, portanto, integrar em si os opostos e crescer na identidade pessoal. Ninguém ao passar pelo fogo ou pela água permanece intocado. Ou sucumbe ou se transfigura, porque a água lava e o fogo purifica.
A água nos faz pensar também nas grandes enchentes como conhecemos em 2010 nas cidades serranas do Estado do Rio. Com sua força tudo carregam, especialmente o que não tem consistência e solidez. São os infortúnios da vida.
E o  fogo nos faz imaginar o cadinho ou as fornalhas que queimam e acrisolam tudo o que não é ganga e não é essencial. São as notórias crises existenciais. Ao fazermos esta travessia  pela “noite escura e medonha”, como dizem os mestres espirituais, deixamos aflorar nosso eu profundo sem a ilusões do ego. Então amadurecemos para aquilo que é autenticamente humano e verdadeiro. Quem recebe o batismo de fogo e de água rejuvenesce como a águia do mito antigo.
Mas abstraindo das metáforas, que significa concretamente rejuvenescer como águia? Significa entregar à morte todo o  velho que existe em nós para que o novo possa irromper e fazer o seu curso. O velho em nós são os hábitos e as atitudes que não nos engrandecem: a vontade de ter razão e vantagem em tudo, o descuido para com o lixo, o desperdício da água e o desrespeito para com a natureza, bem como a falta de solidariedade para com os necessitados, próximos e distantes. Tudo isso deve ser entregue à morte para podermos inaugurar uma forma de convivência com os outros que se mostre generosa e cuidadosa com a nossa Casa Comum e com o destino das pessoas. Numa palavra, significa morrer e ressuscitar.
Rejuvenescer como águia significa também desprender-se de coisas que um dia foram boas e de ideias que foram luminosas mas que lentamente, com o passar dos anos, se tornaram ultrapassadas e incapazes de inspirar o caminho da vida. Temos que nos renovar na mente e no coração.
Rejuvenescer como águia significa ter coragem para recomeçar e estar sempre aberto a escutar, a aprender e a revisar. Não é isso que nos propomos a cada  novo ano?
Que o ano de 2013 que se inaugura, seja oportunidade de perguntar o quanto de galinha existe em nós que não quer outra coisa senão ciscar o chão  e o quanto de águia há ainda em nós, disposta a rejuvenescer ao confrontar-se valentemente com os tropeços e as crises da vida. Só então cresceremos e a vida valerá a pena.
E não podemos esquecer aquela Energia poderosa e amorosa que sempre nos acompanha e que move o inteiro universo. Ela nos habita, nos anima e confere permanente sentido de lutar e de viver.
Que o Spiritus Creator nunca nos falte!
Feliz Ano novo de 2013.

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P.S - Há dez anos, LULA assumia a presidência da República pela primeira vez. E começa a mudança no Brasil! Dez anos de PT!

 
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