domingo, 30 de setembro de 2012 0 comentários

Eu prefiro o Lula. Eu e mais de 80% da população brasileira....


Publicada no Conversa Afiada.

Segundo Aécio neves, Lula é chefe de facção.

Aí o Bessinha diz que ele, Aécio, é chefe de ficção.

Entre os dois, fico com Lula, o que não fala inglês, não tem diploma, mas saiu do governo com mais de 80% de aprovação popular, após ter sentado as bases das oportunidades aos que mais precisam no Brasil.

Já Aécio (que as redes sociais malina e jocosamente chamam de aébrio), que passe muito mais tarde!



quinta-feira, 27 de setembro de 2012 1 comentários

Banpará fecha acordo com avanços, sai da greve, mas tucanos sequestram tíquete extra e confiscam esperanças

Bom dia, povo lutador! Após 23 dias em greve, hoje o funcionalismo do Banpará voltou ao trabalho, após aprovar a proposta construída no ardor da greve e que era o limite, pois o governo tucano de Jatene já havia ordenado ajuizamento de dissídio, além da retirada de direitos, como o tíquete extra.

Na mesa de negociação eu tenho a honra de representar a valorosa FETEC-CN, a Federação dos Bancários da região Centro Norte e como bancária do Banpará e ex-presidenta do Sindicato dos Bancários, percebi - assim como as demais companheiras que estão na direção do movimento, Kátia (Afbepa) e Rosalina Amorim (Sindicato dos Bancários do Pará) -  que sair ontem da greve nos permitia apresentar à categoria alguns ganhos e não a incerteza de levar a negociação para a justiça. No judiciário, historicamente, os direitos dos trabalhadores têm sido rebaixados e por isso nós da CUT defendemos a negociação à exaustão. Só chamamos um terceiro para apitar em nosso jogo, quando não tem mais saída.

Tem bons, ótimos avanços neste acordo construído pela força da greve:
  • reajuste de 7,5% nas comissões, como aprovado nacionalmente; 
  • reajuste de 8,5% no piso com reflexo em toda a tabela do nosso PCS. 
  • Aumentar a quebra de caixa dos caixas para R$ 300,00 e rever a gratificação deles em janeiro/2013. 
  • Garantir o debate de que nenhuma bancário será demitido sem passar pelo comitê disciplinar. 
  • E que apresentaremos propostas para descomissionamento no Comitê de Relações Trabalhistas-CRT. 
  • Assegurar que o banco intermediará junto à Unimed a negociação para inclusão de ascendentes e filhos com mais de 24 anos. 
  • Não desconto e abono integral dos 23 dias de greve. 
  • Aumento da licença-prêmio de 25 para 30 dias a cada 5 anos de trabalho. podendo converter em espécie 5 dias/ano.
  • Pagamento da PLR integral.
  • Manutenção do Grupo Paritário do PCS, para apresentação de sugestões de propostas para melhoria do PCS; aplicação do índice previsto entre níveis, a partir de 01/09/2012; e análise de proposta de desatrelamento de metas ao PCS, no prazo do ACT-2012/2013.
  • Renovação de todas as demais cláusulas do acordo anterior, à exceção do tíquete extra (3.200,00).
Com todas essas conquistas, o travo amargo na boca e o confisco no bolso é o que mais grita hoje. Como comentei no blog da Franssinete Florenzano que postou matéria sobre o fim da greve no Banpará, a assembleia, além de aprovar o acordo construído, votou ainda uma moção de repúdio ao governo Jatene porque este impediu que fosse acrescentado o pagamento do tíquete extra, conquista que vem sendo garantida nos acordos coletivos desde 2007.

O sequestro do tíquete extra é uma brutalidade porque atinge o coração das famílias e de suas esperanças tecidas pacientemente. Vai fazer com que as famílias no Banpará deixem de ter este ano  a grana que permitiria a viagem sonhada, a quitação de uma dívida, um Natal mais adubado, o puxadinho na casa, o conserto do carro, a ajuda a um familiar endividado, enfim, um sonho acalentado o ano inteiro e arrancado por pura mesquinharia. Para injetar raiva, desmotivação, energias ruins e sequestrar mais que o dinheiro, sequestrar a esperança. Algo muito tucano, muito desumano, muito cruel.

 Ficou um travo amargo na boca de todo o funcionalismo que lutou nesses 23 dias de greve, porque o tíquete extra é cultural, é dinheiro na mão,está incorporado à vida do funcionalismo e aos nossos direitos conquistados desde 2007.

Como eu disse ontem à noite, a luta continua e isso no Banpará não é apenas palavra de ordem! Nós já passamos por muitos e terríveis solavancos, somos amazônidas, somos da resistência e que não nos mata, nos fortalece.

Força, compas! Cabeça erguida na volta ao trabalho. SEGUE A VIDA E A LUTA! E dia 7 de outubro tem eleição. O troco é também nas urnas!


  • Tenho absoluta convicção que reconquistaremos o tíquete extra. Com luta, unidade e perseverança!

Cliquem e leiam toda a proposta
Assembleia aprova a proposta, mesmo com o sequestro do tíquete extra. Repúdio ao governo Jatene.

Salete Gomes, delegada sindical e ex-diretora do Sindicato: a luta continua
Ontem pela manhã, antes da 5ª e última rodada de negociação, a conversa no batente do prédio da Matriz do Banpará

A mesa de negociação que costurou o acordo aprovado ontem  à noite.
Foram 23 dias de greve confrontando a dura forma tucana de governar. E a luta vai continuar....
P.S.- Banpará antecipará parte da PLR nesta sexta-feira 28/set/12 e assinatura do acordo ocorrerá na próxima semana.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012 4 comentários

O olho de vidro dos banqueiros tem mais humanidade que o olho normal. Então, é mais que justa e necessária a greve dos bancários!


O blog anda meio largado, tamanha é minha lida com as lutas cotidianas e gerais e agora mais a greve no Banpará e dos bancários em geral. Greve que só acontece porque o lado com mais poder nunca quer repartir o pão. E em busca de pão, a categoria vai à luta com uma garra incomum, com resistência, otimismo, esperança, energia até gerar a cesta das vitórias e conquistas.

Conversávamos sobre isso hoje, eu e meu querido amigo Victor Neiva e aí oveio Castagna Maia entrou na roda, pois foi ele que nos contou a historinha que conto aí embaixo e que ilustra bem o que é lutar em campo oposto ao dos banqueiros.

Numa conferência da banca apareceu um banqueiro que apostou 1 milhão para quem adivinhasse qual o olho dele era de vidro. Um após outro, todos perderam a aposta. Do nada, apareceu um sujeito que matou a charada e  indicou qual o olho de vidro. Pasmo, o banqueiro perguntou como ele tinha descoberto. 

E ele: - quando olhei nos seus olhos, percebi que no olho de vidro tinha mais humanidade que no outro.
No Banpará, a greve forte e que já está no 17º dia.
Enfrentar hoje a banca financeira do país é necessário e urgente, assim como a banca da terra e a dos barões da mídia.

No caso da banca financeira, é o setor que mais lucra e nos bancos privados a demissão campeia, assim como o assédio moral, metas abusivas, insegurança, péssimas condições de trabalho e salário pequeno. 

Hoje no terceiro greve dia de greve, a categoria bancária já mostrou que não tá pra brincadeira: tá parando o Brasil de norte a sul e num ritmo frenético até forçar uma proposta decente e não apenas os 0,64% de aumento real que os banqueiros querem dar.

P.S - E o julgamento de exceção que o STF está fazendo? Tá passando da hora de botar a CPI da Privataria Tucana pra andar...

Até outro dia. Deixo com vocês o belíssimo artigo do Sakamoto sobre a greve dos bancários. 

Greve dos bancários: os discursos que demonizam a luta por direitos



Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários.”
A declaração acima é de Magnus Ribas Apostólico, diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, braço sindical da Federação Brasileiros de Bancos responsável pelas questões de disputas trabalhistas.
Posso reescrever o parágrafo com a visão do outro lado?
Greve é ruim para todo mundo: é ruim para o bancário, é ruim para o banco, é ruim para a população, que já foi muito incomodada pela incapacidade do governo federal em negociar com os funcionários públicos em greve e não merece ser mais incomodada com uma negativa dos banqueiros em dividir melhor os lucros e garantir condições de trabalho.”
Quando negociações trabalhistas chegam a um limite e uma greve é deflagrada, começa uma guerra de discursos, o que é esperado. E interessante. Afinal de contas, aprendemos novas formas de moldar a língua portuguesa para servir aos nossos interesses.
Gostaria de ver como profissionais cuja matéria-prima é o discurso se comportariam em greve geral. Como já disse aqui um rosário de vezes, tenho certa inveja das categorias de trabalhadores que se enxergam como tais e se unem para reivindicar e lutar pelos seus direitos. Sim, porque nós, jornalistas, como todos sabem, não somos trabalhadores, estamos acima de toda essa coisa mundana. Salário? Para quê? Uma vez que somos seres iluminados, nada mais lógico do que vivermos de luz…
No caso de greves envolvendo o sistema financeiro, dado os anúncios de lucros bilionários divulgados a torto e a direito, essa guerra de discursos tende a colocar banqueiros contra a parede. Daí a necessidade de adotar uma postura mais agressiva, como jogar a população contra os grevistas a exemplo do que fez o diretor da Fenaban.
A evolução histórica do nosso querido capitalismo mostra que não importa o que aconteça, os donos do sistema financeiros sempre ganham. A indústria pode virar fumaça, a agricultura comer grama pela raiz e o setor de serviços fechar as portas, mas os bancos sobrevivem. Sendo salvos com recursos públicos, se preciso. Afinal de contas, os lucros deles é privado, mas o prejuízo é sempre socializado.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a proposta patronal de 0,58% de aumento real (descontada a inflação) foi considerada insuficiente. A demanda é por 5%, além de um implemento do plano de cargos e salários, mais segurança nas agências e maior participação nos lucros. Em nota, Juvandia Moreira, presidente do sindicato, afirma que nos “balanços dos sete maiores bancos do país, entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2012, os ativos cresceram em média 15,56%, as operações de crédito subiram 18,63%, o patrimônio líquido aumentou 12,65%”.
Já a Fenaban afirma que a proposta global corrigirá salários, pisos, benefícios. Também diz que estão previstos reajustes do auxílio refeição, da cesta alimentação e do auxílio creche mensal. Promete que o valor da Participação nos Lucros e Resultados pode ultrapassar o equivalente a três salários de um caixa de banco.
Esperemos que a paralisação dure o menos possível e que um acordo seja logo alcançado. Enquanto isso, um pouco de paciência. Muita gente deve estar pensando “vagabundo que faz greve deveria ser demitido”, esquecendo que – dessa forma – joga pela janela uma das mais importantes formas de pressão: negar-se a gerar riqueza para a empresa enquanto seu contrato de compra e venda da força de trabalho não for rediscutido.
Sindicatos não são perfeitos, longe disso. Assim como ocorrem em outras instituições, eles possuem atores que resolvem voltar-se para os próprios umbigos e tornar a busca pelo poder mais importante que os objetivos para o qual foram escolhidos. Estamos cheios de exemplos disso. Contudo, graças à organização e pressão dos trabalhadores, importantes conquistas foram obtidas para civilizar minimamente as regras do jogo – não trabalhar até a exaustão, descansar de forma remunerada, ter salários (menos in)justos, garantir proteção contra a exploração infantil. Direitos estes que, mesmo incompletos, são chamados por alguns de “gargalos do crescimento”.
Apoio os professores federais, funcionários públicos, controladores de vôo, cobradores e motoristas de ônibus, bancários, eletricitários, metalúrgicos, metroviários, garis, residentes médicos. Apoio o santo direito de se conscientizarem, reconhecerem-se nos problemas, dizer não à exploração e entrar em greve até que a sociedade pressione e os patrões escutem. Mesmo que a manifestação deles torne minha vida um absurdo.
E torço para que você não consuma bovinamente discursos que demonizam greves. Porque, se assim for, no dia em que precisar que a sociedade entenda a sua reivindicação, pode perceber que está sozinho, gritando ao vento.
A música que mais toca nos piquetes da greve no Pará


sexta-feira, 7 de setembro de 2012 0 comentários

Presidenta Dilma traz boas novas no feriadão. Por essas e outras é que sou do PT!

7 de Setembro, feriadão com pedacinho da família e meninada. Dia de pernas pro ar, na belíssima praia de Ajuruteua, em Bragança(PA), não sem antes tomar a bênção e pegar colinho da mãe pra recarregar as energias que a luta diária é grande e constante. Registro com alegria o anúncio da nossa querida presidenta Dilma que vai baixar a tarifa de energia.

No governo federal, desde os 8 anos do presidente Lula e agora nos 2 anos da Dilma, o PT tem nos protegido de apagões e agora essa boa nova que vai reduzir a conta da luz. Por essas e outras sou do PT! Bom feriado, meu povo!
Perseu, o netinho de quase 8 meses, toma seu 1º banho de mar na praia de Ajuruteua.

Vida mansa não quer pressa... Nós em Ajuru...

Ajuruteua sempre linda, limpa, vento gostoso....


Lindo por do sol em Ajuruteua Pa.

Belíssimo entardecer deste 7 de Setembro 2012 em Ajuruteua.Pa
domingo, 2 de setembro de 2012 9 comentários

Em 1984, o SNI me investigou e me tascou: subversiva, infiltrada, comunista. Égua da notícia boa!

Quem me chamou a atenção para  a notícia publicada no Jornal "Diário do Pará" deste domingo foi o compa e deputado estadual do PT, Carlos Bordalo, pelo twitter hoje de manhã: meu nome figurava na lista dos 48 investigados pelo SNI - Serviço Nacional de Informações no Pará. A lista tá num relatório de  31 de maio de 1984 e nos chama de subversivos e inflitrados comunistas.

Pra mim foi surpresa e estou muito honrada com a notícia de que o SNI me investigou, me pespegou a letra escarlate de subversiva. Para minha história de vida, tem mais essa novidade. Ora viva, que bom! Com muito orgulho confirmo que sim. Nos dias de hoje, de 2010 pra cá já fui chamada de robô, petralha, dona de "blog sujo", eu e um time valente, saliente, ousado e persistente dessa blogosfera de meu Deus!

Depois de ler, fiquei me indagando o que viram e o que anotaram os arapongas nessa década de 80 de tanto vigor, tanto fervor, tanta vida pulsando. Nesse tempo na política eu já era petista, cutista e estava no MOB - Movimento de Oposição de Bancária, que tomaria a direção do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá. Eu viria a ser a primeira mulher a presidir o valoroso sindicato num tempo bem difícil para a classe trabalhadora: entre 1998 e 2002, tempos de FHC. Ui!

Tasquei assim a notícia no meu feice:

Duas amadas gerações {filho e netinho} acompanham no jornal Diário do Pará de hoje que a mãe e avó, Vera Paoloni, foi uma das 48 investigadas pelo SNI no Pará, como subserviva, durante a ditadura militar. O relatório é de 31.05.1984 e eu seria presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá de 1998 a 2002, período tenebroso do gov FHC. Faço um reparo: não fui da Convergência Socialista e sim da Articulação. A notícia tá na pág A16.

Para ler toda a notícia, clica aqui (págs 16 e 17 da edição de 2 set/12):
Meu filhote lê a notícia, aninhando seu pequenito Perseu que quer participar de tudo, até mesmo de saber que a avó é catalogada como subversiva.
A repercussão no meu feice:

    • há 12 horas · 
    • Cinthia Medeiros Quem não se lembra desse famigerado SNI, tempo das tempestades nos corações humanos, e Verita lá na luta aguentando o tranco, como até hoje, embora em outro contexto. Tempo das nossas crianças q hje vivem num mundo melhor, 84, 86 e 87, Maíra, Lara e Adriano, os sopros de nossa esperança. Saudades de nós com eles, orgulho da Verita que superou tudo e venceu. Te amo, manita!
      há 12 horas ·  · 1
      meu filho vai ser assim
      há 11 horas ·  · 1
      Mariano Haus Verinha, eu já te disse, menina: eles também são meus filho e neto. Não me pergunte por quais mistérios, mas eles são sim. E eu os abençoo.
      há 10 horas ·  · 1
      Aurora Conor Mana Vera Paoloni, essa página infeliz da nossa história, nos deixou muito lembranças horrorosas. Pro pessoal do PIG que diz que não houve ditadura no Brasil, estamos nós aqui a afirmar que "ditabranda", foi para os fracos que nunca souberam o que foi LUTA, na vida. Essa história está tardando muito a entrar nos livros de história das futuras gerações. Só quem viveu aquilo# na pele, como por exemplo, meu pai, o filho da D. Osmarina mãe daZenaide Marques, uma mãe de família que ainda vive, graças a Deus e outros tantos que foram seguidamente arguídos pela polícia...Bem meu pai sofreu um AVC aos 42 anos, por pura perseguição. Tem gente nova que não sabe de nada...enfim, nós do PT, ficamos com a pecha de subversivos e baderneiros. E os Srs militares nunca serão julgados por causa da tal anistia ampla.
      há 9 horas · Editado ·  · 1
      Fernando Bosco Que moral, hein? Quando crescer quero ser igual você...
      há 9 horas · 
      Conceição Oliveira incrível!
      há 8 horas · 
      Lucas Fontelles Isso é ensinar as novas gerações a participar da política... Parabéns Vera!

    • Mary Cohen Vera querida, quem faz história de verdade deixa as marcas, ensina as novas gerações e não passa, fica sempre na memória... assim é a vida! Bjus.

      Franssinete Florenzano Parabéns, Vera Paoloni, pela tua história de vida digna e exemplar. Teus filhos e netos só têm razões para sentir orgulho do teu passado e presente. Beijão.

    • Lilian Daniel de Lucca ‎Vera Paoloni Ainda bem que vc nunca desisti! Parabéns!!! Mulher de garra com tanta doçura! Beijos..... Suas gerações....sua construção de vida! Bravo, Vera. Bravo!!!!!
 
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