domingo, 31 de julho de 2011 0 comentários

Em Bragança, a visita ao Mirante de São Benedito

Bragança tem 398 anos é uma cidade linda do Pará, a 210 quilômetros de Belém, a capital. Cheia de magia, igarapés, a praia de Ajuruteua e muita história.

Vale a pena passear por Bragança em cada recanto, como no Mirante de São Benedito, o Santo Preto, padroeiro da bela cidade.

A gente encara uns 2 quilômetros de estrada batida e depois sobe uns 300 degraus até chegar ao Mirante. Aí tem mais dois lances de escada e fica ali, olhando Bragança ao longe, o rio Caeté e conversando com o interior. A prefeitura de Bragança bem que poderia melhorar a estrada que leva ao Mirante.

O Mirante de São Benedito é o nossso Cristo Redentor. Ao chegar em cima, a gente dá de cara com São Benedito, belo, negro, majestoso, segurando o Mneino Jesus num braço e no outro, o pão da vida.

As duas fotos finais são da farinha de Bragança, que é a melhor do país. Crocante, lavada, uma delícia. E a fachada da Igreja de São Benedito, já no centro de Bragança.












quarta-feira, 27 de julho de 2011 0 comentários

Tudo em demasia faz mal. Até sal.

Trinta por cento da população brasileira é hipertensa e uma das razões é o consumo excessivo de sal, que está em todos os alimentos, em todos os produtos que compramos em supermercados e nem sempre com quantidades bem indicadas e esclarecidas. A OMS - Organização Mundial de Saúde diz que  5 gramas diárias é a quantidade certa de consumo de sal. no Brasil, cada brasileiro, cada brasileira consome em média 12 gramas por da, mais que o dobro do necessário.

Não sou hipertensa, mas mesmo assim já faz algum tempo que fujo dos brancos refinados (sal, açúcar) e só os consumo em doses moderadíssimas. Vejo como acertada a campanha pela redução do sal que o Ministério da Saúde e Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária  lançam nesses dias.

A campanha é importante como primeiro passo, mas é necessário ir além: explicar a diferença entre sal e cloreto de sódio e quanto tem de sal hoje, numa refeição comum como arroz, feijão, salada, molho, batata etc. Mostrar quanto é uma pitada de sal e com quanats pitadas - ao longo da vida, se produz uma hipertensão. Fiscalizar os produtores dos produtos, os supermercados, feiras e conscientizar o consumidor de sal de forma mais contínua, intensiva e esclarecedora. Ampliando para uma campanha conjunta com o Ministério da educação, como item fundamental nas escolas.

sábado, 23 de julho de 2011 0 comentários

Chico Buarque é brasileiro. Que bom!


Aos 67 anos, Chico Buarque de Hollanda lança disco novo e mostra que ainda tem fôlego para encantar corações e mentes. Texto do compositor e jornalista Edir Gaya, publicado em O Liberal/ Magazine deste sábado 23 de julho de 2011.

___________________________________


O tema do disco é o amor, mais precisamente a ressurreição deste sentimento na velhice, quando o inimigo te espreita, em tocaia, com um porrete na mão, a “mó” te quebrar, como Chico Canta em “Querido Diário”, a música destratada pela crítica logo no nascedouro.


O amor que ressurge em meio à comoção dos conhecidos com o homem solitário, Prometeu urbano que recolhe como um cão que lhe come aos pedaços, tudo isso em meio a uma cidade onde impera a contramão e o estardalhaço.


O amor que ressurge no exato momento em que o sujeito pensa em religião e (aí em fazer finalmente o sacrifício) de sublimá-lo e adorar uma estátua, uma santa, amar uma mulher “sem orifício” – persona feminina na qual só se penetra metafisicamente.


E exatamente quando ressurge o amor real, o físico, aquele que reclama o corpo, o sexo, a mulher na qual não se bate nem com uma flor, mas que, se chora, “desejo me inflama”, como Chico canta sem falso pudor, é que o tempo está lá, com o porrete na mão. E aí, resta ao poeta a resistência da palavra: “mas eu não quebro porque sou macio, viu”.


....


Em “Tipo um Baião”, o amor que surpreende volta à cena e Chico pergunta ao tempo: “Não sei para que outra história de amor a essa hora?” e dialoga com uma menina, como deixa evidente a profusão da locução “tipo a fim”, “tipo para a vida inteira”, numa canção que oscila entre a bossa e o baião, enquanto o amor fugidio se revela no crepitar da fogueira e brinca de inflar e esmagar o coração dele, como o fole da sanfona de Luís Gonzaga.


....


Em “Barafunda”, o tempo e seus lapsos de memória – e aqui o personagem do “Velho Chico” retorna – criam realidades paradoxais, aurélias, auroras, maristelas, na Penha, na Glória, gol de bicicleta ou tiro de meta, Zizinha ou Garrincha e uma Mangueira campeã com Cartola. 


O que é fato? O que é sonho? O que é real? O que é imaginário?


No meio dessa “Barafunda”, o Chico execrado como mau poeta, responde, de pronto: “E salve este samba antes que o esquecimento baixe seu manto cinzento”.


...


E para os que acreditam que ele demitiu o animal político, em meio à barafunda, canta o que ficará de fato na memória da pele do povo brasileiro: “É Garrincha, é Cartola, é Mandela”.


....


Só muito complexo de viralatas ou ódio ao sucesso para considerar que um disco como este não tem nada a dizer à música brasileira deste início de século. Ao final do CD, fica a única constatação possível. Que bom: “Chico é brasileiro!”

Ouve aí uma faixa do novo cd:



Se Eu Soubesse (part Chico Buarque)

Thaís Gulin

Ah, se eu soubesse não andava na rua
Perigos não corria
Não tinha amigos, não bebia
Já não ria a toa
Não enfim, cruzar contigo jamais
Ah, se eu pudesse te diria na boa
Não sou mais uma das tais
Não ando com a cabeça na lua.
Nem cantarei 'eu te amo demais',
Casava com outro se fosse capaz
Mas acontece que eu saí por aí
E aí, larari larari larari larara
Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia,
Não dormia nua
Pobre de mim, sonhar contigo, jamais
Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole outra vez
Não dava mole a tua pessoa,
Te abandonava prostrado aos meus pés,
Fugia nos braços de um outro rapaz.
Mas acontece que eu sorri para ti
E aí larari larara lariri, lariri
Pom, pom, pom, ...
Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia,
Não dormia nua
Pobre de mim, sonhar contigo, jamais
Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole outra vez
Não dava mole a tua pessoa,
Te abandonava prostrado aos meus pés,
Fugia nos braços de um outro rapaz.
Mas acontece que eu sorri para ti
E aí larari larara lariri, lariri...
sexta-feira, 22 de julho de 2011 0 comentários

Chico e João Bosco. Uma provinha pra gente saborear

Só uma provinha do novo cd do Chico. lançado via internet.
sexta-feira, 15 de julho de 2011 0 comentários

Puma some e deixa todo mundo no chão. Socorro, ANAC!

Meu sobrinho Ícaro Kishi viria de Macapá(AP) hoje de manhã a Belém (PA). 


Viria. 


Porque ao chegar no aeroporto de Macapá para embarcar às 7 horas no aeroporto de Macapá, pela Pumaair, simplesmente encontrou uns 30 passageiros sem voo, sem avião, sem informação, sem ter a quem se queixar da falta de respeito. No areoporto não tem Procon e nem um posto da Anac - Agência Nacional de Aviação Civil. 


Acionado, o telefone da Puma chama e ninguém atende. E no aeroporto em Macapá, as bocas presentes foram informando o que ninguém dizia oficialmente: a Puma não voa regularmente desde maio. Mas a passagem, do meu sobrinho foi comprada pelo saite em 23 de junho. 


Liguei pro 0800725 4445 da Anac e registrei duas queixas, uma contra a Puma e outra, solicitando que a  ANAC tenha um posto de atendimento em cada aeroporto da Amazônia, para que os cidadãos e cidadãs, aviltados em sua cidadania, tenham algum amparo na hora de reclamar, consigam varar o cordão sanitário do isolamento.


As reclamações geraram dois números de protocolo (25486-2011 e 25488-2011) que registro aqui e vou acompanhar com muito critério pra ver se a Anac consegue enquadrar a Puma a cumprir com seus deveres.


Não dá pra aceitar que sumam piloto, avião, balcão de informação, Procon e Anac. E que ainda por cima continuem vendendo passagens pela internet, confirmando uma promessa que já sabem que não cumprirão!
sábado, 9 de julho de 2011 0 comentários

Bragança e o amor de meu pai pela vida, pela cidade, pela família, pela brisa...





Papai amava - e ama, porque sentimento não morre, se transforma - Bragança, a linda cidade que completou 398 anos ontem, em meio a alvoradas, festejos e o sonzão da banda Calypso. Papai adorava bater perna na orla do Caeté, olhar a mulherada em bando nas festas e caminhar na belíssima Ajuruteua. Papai gostava de gente, de conversar, olhar, mergulhar nos sentimentos. E rir muito contar histórias, ele que contava o tempo por décadas, por planos econômicos, governos, presidentes, regimes. Ele e mamãe escolheram Bragança pra ver a vida em ritmo mais devagar, curtindo cada instante, cada minuto. 


Bragança também é minha segunda cidade. Bragança e a melhor farinha que se come em todo o país, fofa torrada e gostosa como um biscoito crocante uuuummm. O vinho de buriti, os igarapés geladinhos, a amplidão da praia de Ajuruteua, o caranguejo,a orla do Caeté, a tainha assada de brasa, o pato borracho novo como dizia papai sobre a carne inigualável do pato bragantino. Na mesa do Círio, esse patinho não falta.


Peço licença para outro bragantino de coração, o blogueiro Zé Carlos, para colar do blog dele a bela homenagem que ele prestou a Bragança e à riquíssima história de Bragança, que tem um santo preto como padroeiro. Eu, que fui interna do colégio Santa Terezinha, quando menina, amo voltar a Bragança, onde tem muita raiz da minha vida, de meus pai, de minha mãe, de meu mano Antonio, de meu mano Zé, de Roseira.


Bragança faz 398 anos



Sendo uma das cidades mais antigas do Pará, minha segunda Cidade, Bragança, completa hoje 398 anos de fundada. Esta data é contada da presença dos franceses e não dos portugueses. 


Quem fundou Bragança para os bragantinos foi o Daniel de La Touche, sob o título de Senhor de La Ravardière, um experiente capitão da Marinha Francesa, que veio da costa do Maranhão para tomar conta do Pará. Entrando na baia do Caeté, foi até o ponto onde localizou a aldeia dos Caeté. Os portugueses viram depois para expulsar os franceses e também os primeiro habitantes.


Bragança, dominada pelos portugueses, guarda relíquias do período colonial, mas até hoje ainda mantém um elo com a presença francesas, é o pato bragantino, que em sabor não tem igual, do tipo barbárie, é o mesmo que os franceses usam para fazer o famosos "foie gras". 


Este pato, quando misturado ao tucupi e ao jambu, elemento da cultura indígena, vira uma comida dos deuses. Para completar o prato, nada como uma farinha "da boa". 


O que Bragança tem de melhor, além dos peixes, dos pratos, das praias, dos igarapés, é a cultura local forte e enraizada, seja no falar ou nas diversas forma de transmissão de valores. 


Dentre as manifestações locais, a mais forte é a devoção ao "Santo Preto", o Santo que o bragantino, com intimidade, chama de "São Bené". A festa de São Benedito, também conhecida como Marajuda de São Benedito, encerra-se oficialmente no dia 26.12, com a procissão, mas, de fato, dura o ano inteiro. Vá lá, vale a pena conhecer.


Encerro minha pequena homenagem a minha segunda cidade com a história do poeta bragantino, Fernandes Bello, publicado no Blog do João Jorge Reis
terça-feira, 5 de julho de 2011 2 comentários

Duciomar, o inominável. Ele passará e eu, passarinho...



 Sou uma otimista incorrigível, como diria Drummond. Mas ter o Duciomar como prefeito de Belém há 6,5 anos, tem feito estrago nesse otimismo. As atitudes do prefeito e as ausências de atitude, estas e aquelas revestidas de enganação, têm contribuído com a corrosão da minha esperança. Vou dar um exemplo.


Dia desses andei na avenida recém inaugurada, a nova Marquês, que ficou bem bonita, com belos espaços e área mais valorizada. Aí meu olho bateu na enganação que mostro nas fotos acima. São latas de coleta seletiva de lixo, mínimos latões para coleta de nanolixo talvez, pois uma garrafa plástica de 2 litros enche o compartimento de plástico.  É o faz de conta da coleta seletiva que prossegue com o faz de conta da reciclagem, essa praticamente inexistente e sem apoio da prefeitura de Belém.

Inominável essa atitude do Dudu! Por essas e outras é que já beira os 80% de reprovação dele como prefeito. Rejeição que deve ter aumentado hoje, após a chuva que caiu em Belém na noite passada e que encheu os canais, os bueiros, mostrando a cidade maltratada, abandonada, sem saneamento e vivendo dia após dia na enganação do poder público. Pensar que ainda falta 1 ano e meio até a próxima eleição.

Afe!

Só não me abato mais porque todos os dias me renovo vendo o nascer e o por sol, o Bosque Rodrigues Alves, a vida, a resistência e a alegria. O que me dá uma certeza, lembrando Quintana: Dudu, o inominável, passará. E eu, passarinho!




domingo, 3 de julho de 2011 0 comentários

João Pedro Stédile/MST e Artur Henrique/CUT no Pará dia 6: por uma reforma agrária efetiva




João Pedro Stédile(MST) e Artur Henrique, presidente nacional da CUT estarão juntos, em Belém do Pará, no dia 6 de julho. Juntos por uma reforma agrária efetiva.

Artur Henrique e Stédile não escolheram á toa o Pará para estarem no Dia Nacional de Mobilização chamado pela CUT, em parceria com Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marcha Mundial de Mulheres e Central de Movimentos Populares. É que tornou a aumentar o número de assassinatos decorrentes de conflitos agrários aqui no Pará. Leia mais aqui, no sítio da CUT. 


A intenção de Artur Henrique e Stédile é protestar contra os assassinatos de dirigentes populares e cobrar punição aos responsáveis pelos crimes. Vão ainda "denunciar estas atrocidades e exigir a federalização das investigações destes assassinatos, denunciar a criminalização dos movimentos sociais, lutar pela reforma agrária, por um novo modelo agrário, pela aprovação da PEC do trabalho escravo, e o fortalecimento da agricultura familiar”, como destacou Artur. 


Aqui no pará, os movimentos sociais acusam o PSDB de estar conivente com a violência no campo, diz a reportagem de Leandro Fortes na Carta Capital 653, reportagem replicada no imperdível blog da Maria Frô. 
 
;