sábado, 21 de fevereiro de 2015

CUT.Pa vai exercitar muito a escutatória em congressos regionais junto com sindicatos urbanos e rurais: pra avançar nos direitos, com todo mundo junto.

Que a conjuntura, o momento atual não tá fácil pra esquerda, todo mundo sabe. A velha mídia, capitaneada pela Rede Globo, bate sem cessar no governo Dilma. O governo, por sua vez, faz mil afagos ao mercado, à direita e esta, mesmo acarinhada e bem aquinhoada, anuncia e trabalha o impeachment, o impedimento da presidenta eleita democraticamente pela maioria da população brasileira. E nomeio da sala da classe trabalhadora, o governo Dilma colocou dois bodes: as MPs 664 e 665, que tiram direitos dos trabalhadores. Claro que a reação dos sindicatos cutistas é repudiar a medida que salga as costas da classe trabalhadora, enquanto não aponta por exemplo, a taxação de grandes fortunas.

Todo esse retrato do Brasil e dos desafios, foi debatido nesta sexta-feira 20 de fevereiro/15, pela direção da CUT.Pa na sede dos bancárixs.Pa e contou com duas palestras bem pé no chão do deputado Bordalo (PT.Pa) e do dirigente nacional da CUT, Jacy Afonso. 

Alguns elementos da conjuntura - Há uma questão desafiadora para todos nós é saber para onde queremos ir.Desde o ano de 2003 estamos inseridos em um ciclo virtuoso de crescimento, de caráter econômico e social, e principalmente de percepção de sociedade, porém após certo período (12 anos) é possível perceber certo esgotamento.

-Esse esgotamento é possível perceber no estado de bem-estar social inserido em uma economia capitalista. Com a economia globalizada e o mundo inteiro passa por uma crise econômica, o que exige das economias políticas anticíclicas, o que causa um grande impacto na economia.

- A crise internacional acaba por impactar na base industrial e tecnológica de nosso país. Nessa crise, as elites brasileiras sabem que não podem permitir um novo ciclo virtuoso de crescimento. É nesse processo que a luta de classe se intensifica, principalmente por conta dos interesses dessas elites.

- O Brasil não está nessa crise em que as elites propagandeiam, mas esse ciclo demonstra um esgotamento, o que desafia ao atual governo ajustes necessários, porém as tomadas não foram felizes, principalmente aquelas que demonstram a retirada de direitos. É necessário que o governo Dilma demonstre aonde irá atacar, dando sequência ao caráter da vitória no segundo turno das eleições de 2014.

-Há uma disputa midiática em que as elites brasileiras querem nos convencer de que estamos em crise econômica, e grande parte da classe trabalhadora acabam por acreditar.

- A Europa inicia um processo de políticas anticíclicas e o Brasil dar uma demonstração de ações de retirar direitos, um caminho contrário.

- Apesar de toda essa situação, os trabalhadores e trabalhadoras, principalmente suas lideranças, não podem alimentar essas tentativas de golpes manifestadas pelas elites brasileiras. A oposição assume uma posição de combate “bolivarianista” com características da direita venezuelana e argentina.

A situação do Pará -  O Pará, o governo do Pará está cada vez mais dependente de recursos do governo federal, de empréstimos. E um exemplo é que no Pará há 8 milhões de habitantes  e 3,2 milhões são amparados pelo Programa Bolsa Família.

- Do orçamento de 24 bilhões apenas 8,7 será de investimento, ou seja, há uma grande dependência 

do Pará dos recursos federais (financiamento, projetos e empréstimos).

- A Bancada do PT na Assembleia Legislativa assumiu o desafio de iniciar uma provocação ao 
Governo Estadual lançando uma campanha pela valorização da educação de segundo grau. O 
Estado tem a pior educação do país, porém precisamos estimular a revitalização da educação no 
Estado. A CUT e o movimento sindical são convocados para participar dessa campanha.

Mobilizar, ouvir, avançar - O planejamento da CUT.Pa aponta um enfrentamento dessa conjuntura, com muita mobilização, muita agregação, muito ouvir os sindicatos e estes, as respectivas.Ouvir, conversar, agir. 

Horizontalizar - A CUT.Pa fará até seu congresso, em 27 28 e 29 de agosto, uma peregrinação qualificada em 5 regiões, pra dialogar com seus sindicatos, tanto rurais como urbanos e a população das regiões. E acompanhará as assembleias de base dos sindicatos, no que for possível, pois 2015 é um ano de intensas mobilizações, com eleições sindicais na ContrafCUT agora em março, Marcha das Margaridas no início de agosto, Marcha das Mulheres Negras em novembro, Marcha da Classe trabalhadora, campanhas salariais e toda a rotina do mundo sindical. A peregrinação qualificada e organizada é o desafio da CUT.Pa, considerando o tamanho continental e diversidade da regiões do Estado.

Em síntese, a CUT.Pa planeja horizontalizar o debate, exercitar a escutatória, ampliar a mobilização pra avançar nas conquistas, sempre com MAIS direitos.

É um bom plano de ação e vai precisar de todos os sindicatos para executar a tarefa.

Mas eu tenho fé. Sou mulher, amazônida, acostumada a desafios e sei que quando a gente planeja e executa coletivamente, vai bem.

Bori nessa, CUT! Tamos juntas!


Deputado Bordalo e diretor de Organização da CUT Nacional, Jacy Afonso: fazendo o retrato do momento para apontar rumos. Vera Paoloni, secretária de comunicação da CUT.Pa

Jacy Afonso, da CUT Nacional: precisamos nos reinventar, ouvindo os sindicatos, movimentos e esets, ouvindo sesu representados. E avançar na nossa pauta. Sugere a leitura da fábula dos porcos assados.

Bordalo (dep PT.Pa); O Brasil não está nessa crise que a mídia propagandeia, mas tá num ciclo de esgotamento que desafia o governo Dilma a apresentar medidas e as primeiras não foram as mais felizes.



Deputado Carlos Bordalo: cada um no seu papel, é preciso fazer o governo Dilma avançar. Trabalhadores e trabalhadoras, principalmente suas lideranças, nãopodem alimentar essas tentativas de golpes manifestadas pelas elites brasileiras.



Direção da CUT.Pa, movimentos sociais e convidados.

O momento é de mobilização...

A saudação aos presentes, feita pelo pte da CUT.Pa, Martinho Souza e pela presidenta dos Bancárixs.Pa, Rosalina Amorim.

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