Que história tens a contar destes 5 meses de coronavírus, medonha, apavorante moléstia que até 13h deste domingo, 16/ago, já enlutou 107.341 famílias?.Desse número, quase 6 mil no Pará! É muita zica ter, ao mesmo tempo, duas infelicidades: Bolsonaro e o coronavírus.
Eu tenho a minha e sei que cada família brasileira tem uma história pra contar destes tempos de pandemia da Covid –19. São crônicas de dificuldades, temores, reinvenções, fome, dor, choro, pequenas alegrias, desafios, partidas, reencontros, dúvidas, máscaras, lives, fake news, apreensões, cuidados diários, enfim, a vida sendo vivida em meio ao sobressalto,ao temor do invisível, com nenhuma ou quilos de solidariedade. Como sindicalista, ainda acresço a esse rol, defender intransigentemente a categoria bancária e a classe trabalhadora todos os dias, tarefa não só minha , mas de sindicalistas, esquerdistas, movimento sociais, pessoas de bem deste Brasil.
Por aplicativos comemoramos aniversários, rezando pra internet não cair na hora dos parabéns.Torcemos por vídeo e zap cada pequena vitória, como participar de uma rifa,falar com alguém que queria colo físico e só poderia ser à distância,um novo curso,um novo amor, um emprego,um nascimento, o anúncio de uma gravidez,uma flor brotando nos jardins. Fizemos reuniões de vários matizes, construímos acordos, proteções.
Minha história nesses 5 meses teve tudo isso e também o ombro amigo do povo que atravessou comigo,em casa, esse período singular de tanto apoio em rede e tanta cumplicidade quieta, alarido.Povo que já se foi. A netinha Sophia foi morar com a mãe dela, o amigo foi pra perto do mar,aqui no Pará. E a amiga, para o frio do sul. Partidas necessárias. Deixaram sulcos, mas são partidas voos.
Neste domingo, tive a felicidade de abraçar minha mais nova neta, Arya, que completou 7 meses ao lado da vovó e da bisa. Ela foi, mas na casa ficou uma energia de riso, amor, luz, cheirinho de bebê e um reconhecimento e afeto ancestrais.
E você, qual é sua história?
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