segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Chuva de Iansã cobre a posse de Dilma. Exigindo coragem da gente!


















Algumas imagens da posse da Dilma, em Brasília, antes que a chuva arriasse forte, molhando a maquineta e me impedindo de clicar as caras molhadas e alegres, a alegria que patinava na grama molhada, cheia de lama e que dificultava a longa caminhada. Nada disso importava. A gente andava, cansava e continuava. Encontrava barreiras e portões fechados na Esplanada e continuava andando.Voltava por outro lado, topava com caminhantes com todas as caras do Brasil. Com capas de chuva, com bandeiras, com lenços na cabeça. Todos segurando firme a mão da esperança. Dilma presidenta, primeira mulher a presidir o Brasil, com o olhar e a sensibilidade da mulher. Algo único. Coisa que não dá pra dizer só com palavras.


E a chuva, forte, o vento frio. O povo, valente, corajoso, ali. Quando Dilma passou na Esplanada, embaixo do toró, minha máquina pifou. Depois que secou, deu pra abri e descarregar as poucas fotos que estão aqui.


A chuva forte de Brasília me fez lembrar do comício do meu eterno presidente Lula em Belém, em 1989, na Praça do Operário, pouco antes da eleição. Eu era da equipe de comunicação do Pará na campanha Lula. Eu, Paulo Roberto Ferreira, Fátima Gonçalves e mais uma penca d egente boa. Chovia aquela chuvona amazônica, toró de pingos de um dedo de grosssura. Era noite em Belém e o povo esperava na linda Praça do Operário. Com a mesma coragem e fé com que caminhava no dia 1º embaixo de chuva em Brasília. Em Belém,  o povo dançava na chuva, esperando Lula falar. Não ganhamos a eleição pra presidente em 1989, mas aquele comício, impregnado de chuva, ficará na memória da minha pele, assim como a chuva de Iansã que caiu sobre Brasília na posse da Dilma. 


Quando o sol abriu já era máquina e o bug na câmera do blackberry me impediu de mostrar mais da posse, com imagens. Só deu pra ir tuitando.


Ainda bem que aqui, tem imagens belíssimas da posse. Do povo na posse.  Graças a Deus, outros blogueiros sujos também fizeram registros belos e maravilhosos.


A luta, a  coragem e a participação do povo foram lembradas pela nossa presidenta em pelo menos presidenta dois trechos do discurso:


O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um:
Dos movimentos sociais,
dos que labutam no campo,
dos profissionais liberais,
dos trabalhadores e dos pequenos empreendedores,
dos intelectuais,
dos servidores públicos,
dos empresários,
das mulheres,
dos negros, dos índios e dos jovens,
de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação.

E também no trechinho de Guimarães Rosa:


“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.


Meu abraço carinhoso a querida Dilma e a todo o governo. E um abraço especial aos amigos Uílio, Eliane e Deo que passaram comigo o maravilhoso 1º de janeiro de 2011, na festa popular da posse da Dilma, minha companheira presidenta. Companheira que compartilha com o povo brasileiro o pão da esperança e da coragem!

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