Minha sobrinha tava numa fila comprida pra pagar o material escolar do filhote que vai fazer o 6º ano numa escola adventista de Belém. Chuva braba lá fora, e dentro da livraria, a conversa corria solta. Ela empurrava com o pé a cestinha lotada de livro e conversava sobre preços com a vizinha da cobrinha.
Aí a vizinha disse: seu filho é do 6º ano? Não compre aqui. Na Saraiva do Boulevard, tem mais de 200 reais de desconto e ainda parcela de 10 vezes. Aqui, vai sair mais de 700 reais e só parcela de 3 vezes. Vou lhe mostrar minha pesquisa. Catou um papel no meio de uma agenda cheia de outros papéis.
Abriu a lista dela, já bem gasta, marcada e mostrando a andança nas livrarias. Tinha pelo menos 4 livrarias pesquisadas. A loja da Adventista perdia pra todas as pesquisas. Era a mais cara.
Minha sobrinha não contou conversa. Tirou da cestinha o lote de livros e pagou apenas o uniforme. Abraçou e agradeceu a salvadora irmã de fila. Da livraria adventista, saiu direto pro shopping e foi comprar os livros parcelados em 10 vezes e 250 reais a menos.
Agradeceu muito a Deus gostar de conversar nas cobrinhas longas. E me contou esta história da solidariedade das mães que sentem o peso do orçamento em janeiro: é IPVA, IPTU, matrícula, material escolar, além das despesas normais.
Ainda bem que existem as mães pechincheiras e solidárias. É esse tipo de gente que ajuda de graça nossos irmãos que estão sofrendo nas enchentes do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e em todo o país.
Que bom que esse tipo de gente existe!
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