A Justiça do Trabalho ouviu o grito de dor e socorro de mais de 40 colegas do Banpará que estariam sumariamente demitidos na última sexta-feira, 29 de janeiro de 2021. Uma demissão anunciada na segunda-feira 25, para acontecer na sexta, cinco dias atravessados de muita dor, muita angústia e amargura vividas pelos colegas.
Toda a indignação e repulsa diante do desnecessário e brutal gesto da direção do Banpará, em plena pandemia do coronavírus, foram relatadas na ação judicial escrita e patrocinada pelo escritório jurídico Mary Cohen, a pedido do valoroso Sindicato dos Bancários e Bancárias do Pará que, ao mesmo tempo, tentou diálogo com o banco e articulou caminhos de mediação via parlamentares. O juiz titular da 5a Vara do Trabalho d0 TRT.Pa, João Carlos Travassos Pinto, ouviu o grito e barrou, liminarmente, a degola coletiva. Citado eletronicamente no início da tarde de sexta-feira, o Banpará suspendeu a execução. E a dor de 5 dias, virou um "ufa", temos justiça, temos Sindicato, temos sobrevida!
O seco comunicado 01/2021, no qual a diretoria do Banpará anunciou a demissão em massa para se consumar em 5 dias, fez com esses dias virassem correntes com bolas de ferro nos pés de cada colega demissionário. Alguns adoeceram e baixaram hospital, outros ficaram atordoados e encharcados de tristeza e medo. Como sair assim, com uma mão na frente e outra atrás, alguns se e me perguntaram. Ou: por que o banco não nos deu um tempo pra nos prepararmos? Ou: o que eu fiz de errado pra merecer ser descartado como lixo tóxico? Por que o banco diz sempre que somos o maior patrimônio do banco e faz uma coisa dessa como esse patrimônio?
A liminar impediu a demissão em massa e agora, é fundamental que a diretoria do Banpará abra um canal de efetivo diálogo com o Sindicato sobre o assunto, respeitando toda a dedicação e décadas de trabalho de cada bancário, de cada bancária.
Na síntese de seu despacho, o juiz Diante do acima transcrito, resta claro que o comunicado do Banco, alhures destacado, não respeitou o ordenamento jurídico.
Em minhas redes sociais, escrevi no dia 29:
Queria poder abraçar cada colega do Banpará que se sentiu descartado, jogado fora, tipo um lixo tóxico e isso em plena pandemia, com a vacina bem no início e as UTI,S lotadas! Vivemos 5 dias de angústia, dor, tristeza e é maravilhoso termos uma primeira vitória, o grito de socorro ouvido pela justiça. Parabenizo o nosso bravo Sindicato, o escritório jurídico Mary Cohen e todo mundo que articulou, vibrou, rezou, torceu, sintonizou na luz.
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