quarta-feira, 3 de abril de 2013

Começou hoje o julgamento dos assassinos de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, mortos por conflitos de terras. Que não fique impune essa barbárie contra a vida!

Estive ontem à tarde em Marabá e hoje pela manhã. Na tarde de ontem, representando a CUT.Pa. acompanhei a audiência pública dos movimentos sociais, ong's, poder público, CPT, MST e todas entidades que debateram as violações de direitos humanos, a violência no campo. Segundo a CPT- Comissão Pastoral da Terra, houve 1.018 mortes por conflitos de terras entre 1985 a 2011. Desses, quase 600 ocorreram na região sul/sudeste do Pará e somente 30 mortes foram a julgamento.

Na manhã desta quarta-feira, 3 de abril, teve o início o julgamento dos assassinos de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo, o casal de trabalhadores rurais morto a tiros em maio/2011 em Nova Ipixuna. 

O 1º a ser ouvido, José Rondon, terminou seu relato e respostas aos interrogatórios da defesa e acusação quase ao meio-dia. Fez um bom depoimento e segurou firme as respostas.

No auditório cabem apenas 80 pessoas sentadas e a grande maioria ficou do lado de fora. Juiz não permitiu imagem, som e nem áudio, o que é absurdamente estranho, depois do espetáculo midiático que foi o "mensalão". Podia ao menos permitir um telão para as famílias e movimentos sociais que estavam do lado de fora. Muito estranho...

O julgamento está previsto para acabar dia 4 e já foram ouvidas as 16 testemunhas e os 3 réus. Amanhã, o debate entre acusação x defesa.

Detalhes aqui.

José Rondon, a primeira testemunha ouvida pelo júri e plateía presentes ao Fórum de Marabá, em que acontece o julgamento dos assassinos de Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo. (Foto minha)

Ontem, na UFPA/Marabá, a audiência pública dos movimentos sociais debatendo a violência no campo. CUT.Pa presente na atividade.
Mesmo sem ar refrigerado e sob um calor de mais de 35º, plenária lotada  na audiência pública, ontem.
Parte da mesa dos trabalhos. O ator Osmar Prdao, na ponta à esquerda.

A fala do deputado Carlos Bordalo (PT.PO), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Maria e Zé Cláudio: a foto presente no muro do Fórum de Marabá, enquanto rola o julgamento.

No auditório do Fórum só cabem 80 pessoas. A maioria ficou do lado de fora, inclusive a imprensa, pois o juiz não permitiu som, áudio e nem imagem de dentro do auditório.
Na porta do auditório, sempre um bom número de pessoas, tentando o sistema de revezamento para poder ouvir  o julgamento.
Numa pausa, a promotora dá uma rápida entrevista, do lado de fora do auditório.
Movimentos sociais vão contando as atrozes violações de direitos humanos, ao lado do Fórum.

0 comentários:

 
;