A situação em Alagoas é gravíssima, pois a superbactéria já matou nove pessoas, sendo cinco adultos e quatro bebês, no Hospital Universitário, o qual fechou a maternidade e a UTI neonatal, entre 30 de março e 19 de abril. Dois bebês e três adultos continuam internados.
Nas fotos abaixo, meu pai, um apaixonado pela vida, pela família e pelo mar. Ele também, uma vítima da superbactéria. Papai resistiu bravamente por 36 dias na UTI do Hospital Saúde da Mulher, em Belém. Entrou no hospital a 7 de março, com uma simples virose. Dois dias depois, após a primeira sessão de hemodiálise da vida dele, subiu pra UTI. Ali, teve pneunomia, ele que nunca gripava e nem tinha tosse. Depois da pneumonia, infecção hospitalar motivada pela maldita superbactéria que já matou tantos em Alagoas.
A gente fica se indagando do porquê de existir essa superbactéria e eu lembro que, no caso da UTI em que esteve meu pai, as condições de higiene eram péssimas. No horário de visita, qualquer pessoa entrava sem roupa especial ou asseio maior que um simples lavar de mão. No leito ao lado, encontrei alguém lendo um jornal para o seu doente. Um jornal! O trabalhador que faz a limpeza, entrava sujo, suado e carregando utensílios de limpeza bastante sujos. Isso, numa UTI, com doentes em estado grave, instável!
Comparo a situação das famílias em Alagoas e a da minha família, hoje enlutada por essa brutal perda e fico lembrando do que me contou o amigo Maia: uma amiga dele foi fazer um tratamento de vitiligo em Cuba, num hospital público. O acompanhante dela pessoa não pode ficar no hospital porque tinha uma cárie e poderia contaminar os outros pacientes. Cuidou da cárie e pode acompanhar a pessoa com vitiligo. Que, a propósito, está curada.
Em Cuba, a infecção hospitalar é zero. Com muito zelo do governo, do Estado, da sociedade.
Sem dúvida, um bom, um ótimo exemplo a ser seguido no Brasil.
A todos e todas, uma Páscoa de luz e renascimento, paz e muita coragem! Pois a luta continua!
Papai caminha em Ajuruteua, Pará, no dia 25 de dezembro de 2010.
Com Aline, em Fortaleza, na praia que ele mais amava: a Caça e Pesca.
Papai, eu e Magé, grande amigo.
Eu e meu veinho, no marzão de Fortaleza.
Com mamãe, a companheira de 60 invernos, 60 verões, 60 primaveras...
E com Dandan, no mar de Fortaleza.
Bragança, no pará, a cidade amada de meu pai. A orla da Pérola do Caeté.
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