Do blog Arte Bancária:
Tucanos vão rebolar pra dar essa resposta à indagação que está no título. 
Porque a Celpa foi vendida no período da privataria tucana em que 22 dos 27 
bancos estaduais foram liquidados, vendidos e incorporados e que parte 
substantiva do setor público foi vendido, inclusive a  Celpa. Na cartilha 
tucana, o discurso era que seria mais eficiente a empresa nas mãos da iniciativa 
privada. E que tudo seria melhor.
Não foi por falta de aviso. 
Afinal, em 9 de julho de 1998, quando a Celpa foi privatizada, o Sindicato dos 
Urbanitários do Pará avisou a todo mundo e mais Raimundo que o serviço iria 
piorar, que haveria demissões, que a tarifa de energia ficaria mais cara e que a 
Rede Celpa não daria conta do recado.
Foi o que aconteceu, como 
bem lembra em seu facebook o companheiro urbanitário e vereador do 
PT-Belém, Adalberto Aguiar que, assim como o Arte Bancária, defende a reestatização da Celpa. 
Bancários e urbanitários lutam juntos na Frente contra a 
Privatização do Pará . Continuamos orando, vigiando e lutando! (Vera 
Paoloni, editora do blog).
Leia o que disse o vereador Adalberto 
Aguiar em seu facebook:
Na luta 
pela federalização da Celpa
A Centrais Elétricas do Pará 
(Celpa) entrou ontem, 28, no Tribunal de Justiça do Estado (TJE) com pedido de 
recuperação judicial, que é a mesma coisa que concordata na nova lei de 
falência.
Quatorze anos atrás quando a Celpa foi privatizada, já 
avisávamos que isso iria acontecer, que
serviços essenciais, como energia, 
deve ser de responsabilidade do Estado.
Mas o governo do Estado, à época, 
com o discurso de que a tarifa iria baixar e o serviço seria universalizado, 
realizou o leilão da então estatal em 9 de julho de 1998.
Agora vejam o 
que aconteceu, uma empresa privada veio, aumentou a tarifa, piorou os serviços, 
não investiu no sistema, enviou dinheiro arrecadado aqui no Pará a outras 
empresas do grupo, demitiu trabalhadores e sindicalistas, inclusive eu, que era 
dirigente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, e agora pediu 
concordata.
Neste cenário, fazemos coro com o Sindicato dos Urbanitários, 
defendemos a federalização/reestatização da Celpa. A solução para não deixar o 
Pará no escuro é fazer a Eletrobras assumir a Celpa, pois já detém 34,54% das 
ações.
Por isso, coloco nosso mandato à disposição da luta pela 
federalização/reestatização da Celpa, pois avaliamos que se trata de um serviço 
essencial à vida e ao desenvolvimento do Estado do Pará.
===
O blog Espaço Aberto nos conta:
A 
Celpa, empresa de distribuição de energia do Pará, entrou com pedido de 
recuperação judicial. A Celpa é uma das empresas controladas pelo grupo Rede, 
que tenta sua venda desde o fim do ano passado por conta de problemas 
financeiros. Recuperação judicial é a antiga concordata.
Segundo fato 
relevante divulgado pela companhia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “o 
pedido de recuperação judicial mostrou-se inevitável diante do agravamento da 
situação de crise econômico-financeira da Celpa e do imperativo de proteger a 
continuidade dos serviços públicos por ela prestados”.
A Celpa tem a 
estatal Eletrobras como acionista minoritária.
Em dezembro do ano passado, o 
Valor Econômico informou que o acionista controlador do grupo Rede Energia, 
Jorge Queiroz, colocou à venda sua parte na empresa, de 54% do capital total. O 
Rede tem ainda entre seus acionistas o Fundo de Investimento do FGTS, que fez um 
aporte de cerca de meio bilhão de reais há pouco mais de um ano, e a BNDESPar, 
que transformou parte da dívida da companhia em ações. Procurada, a companhia 
não se manifestou.
Nos últimos anos, a Celpa vem apresentando uma 
acentuada deterioração na qualidade de seus serviços. Em 2011, Belém, demais 
municípios da Região Metropolitana e de todas as regiões do Estado foram 
afetados por constantes apagões.
Numa das cenas mais reveladoras dos 
péssimos serviços oferecidos pela empresa, um consumidor em Belém chegou a 
barrar a entrada da empresa, depois de sofrer seguidos prejuízos com as 
constantes quedas de energia, sem que a Celpa atendesse aos seus 
chamados.
Call center
Na sexta-feira da semana passada, a 
Justiça Federal determinou que a Celpa apresente um plano de atendimento às 
metas de qualidade estabelecidas pela legislação para o Centro de Atendimento ao 
Cliente (CAC), o call center da empresa. O plano tem que ser apresentado dentro 
de 60 dias e sua execução deve ser iniciada dentro de 60 dias após a 
apresentação do plano.
Caso a Celpa não cumpra a decisão, será multada em R$ 
100 mil a cada dia de atraso na implementação do plano. Os prazos começam a 
valer assim que a empresa for oficialmente notificada da decisão.
Segundo 
investigação do Ministério Público Federal (MPF), que ajuizou a ação em julho de 
2011, o número de atendentes do call center é insuficiente. E dados que o MPF 
recebeu da Agência Estadual de Regulação e Controle dos Serviços Públicos e da 
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comprovam que o serviço oferecido 
pela Celpa é precário. 
E no 
jornal Estado de São Paulo:
A 
Celpa, distribuidora de eletricidade do Estado do Pará, controlada pelo grupo 
Rede Energia, anunciou ontem que entrou com pedido de recuperação judicial na 
comarca de Belém. A concessionária, que atende 143 municípios e 1,6 milhão de 
consumidores no Norte do País, detém uma dívida de R$ 2 bilhões e há algum tempo 
vinha tendo dificuldade para renegociar os valores.
Em 
comunicado ao mercado, a distribuidora afirmou que o pedido de recuperação foi 
inevitável diante do agravamento de sua crise econômico-financeira e da 
necessidade de garantir a prestação de serviço aos consumidores. "A medida visa 
a proteger o valor dos ativos da Celpa, atender de forma organizada e racional 
aos interesses dos credores e, principalmente, manter a continuidade de suas 
atividades", destacou, em nota.
Na 
documentação que baseia o pedido de recuperação judicial, a concessionária 
atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os problemas financeiros 
enfrentados nos últimos anos. Pelos relatórios, ela afirma que está atravessando 
um grave período de turbulência provocado por regras adotadas pela Aneel, que 
resultaram em aumento das dívidas.
A 
distribuidora lista pelo menos meia dúzia de normas adotadas pela agência que 
prejudicaram seu desempenho. Entre elas, a exigência de altos investimentos; a 
abertura de postos de atendimento em localidades com mais de 10 mil unidades 
consumidoras; grave inadimplência das prefeituras, com dificuldade de suspensão 
do fornecimento de energia; e alteração de regras nos processos de revisão 
tarifária, o que teria reduzido as expectativas de retorno da empresa.
O 
documento também relata o fato de o Estado do Pará ter regiões pouco povoadas e 
desenvolvidas, com maior índice de pobreza e infraestrutura precária, o que 
eleva os custos operacionais para manutenção, investimento e prestação de 
serviços. Ainda segundo a petição inicial, o resultado final do processo de 
revisão tarifária proposto pela Aneel resultou numa diminuição das margens de 
lucro e aumento do endividamento. O fato de a revisão tarifária ocorrer a cada 
quatro anos também é motivo de crítica pela empresa.
Após 
o anúncio feito ontem, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou as 
notas atribuídas aos títulos emitidos pela distribuidora e manteve em observação 
negativa o rating da holding. Em novembro do ano passado, a agência já havia 
revisado as notas das empresas do grupo, afirmando que a decisão refletia o 
aumento da dívida de curto prazo, o que implicaria em rolagens de dívida em 
montantes mais elevados, por conta da fraca liquidez da empresa. A Fitch lembrou 
ainda que a Celpa era responsável por grande parte das perdas de energia do 
grupo (32,3%, número superior aos parâmetros de perda estabelecidos pela Aneel, 
de 24%).
Segundo 
o advogado Floriano de Azevedo Marques Neto, do escritório Manesco, Ramires, 
Perez, Azevedo Marques Advocacia, se o governo entender que o pedido de 
recuperação judicial vai afetar a qualidade dos serviços prestados aos 
consumidores, ele pode retomar a concessão da distribuidora. Mas esse é um 
processo delicado e que demanda tempo.
A 
deterioração das condições econômico-financeiras do grupo Rede Energia já é 
amplamente conhecida pelo mercado. Segundo fontes, há algum tempo a empresa 
tenta encontrar um comprador para seus ativos. A chinesa State Grid, por 
exemplo, já teria avaliado a empresa, mas desistiu da negociação por causa do 
elevado nível de endividamento. /RENÉE PEREIRA COM AGÊNCIA ESTADO
Ou será que a TV Globo só solidária no sul (sudeste) maravilha?
 
 





 Ronaldo Brasiliense
    
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