Com a democracia aviltada em toneladas pelo presidente do Supremo, o cineasta Luiz Carlos Barreto, escreve um bilhete para o Barbosa, ser que se acha o rei-sol e acima de tudo: da lei, da democracia, da Constituição, dos direitos humanos. Professor de Deus?
O bilhete é maravilhoso.
Aí embaixo:
Bilhete aberto ao cidadão Joaquim Barbosa
Se a sua intenção de bem servir à causa da justiça é um propósito sincero e verdadeiro, vá correndo assistir ao filme “SOBRAL” – documentário de longa metragem de autoria da jovem diretora Paula Fiuza, neta de Sobral Pinto – em exibição nos cinemas da cadeia Arteplex Itaú.
Um emocionante filme sobre o não menos emocionante personagem Heráclito Fontoura Sobral Pinto, advogado que marcou a vida sócio-político-cultural deste País ao longo de várias décadas, deixando um legado de corajosas atitudes na sua luta permanente e obstinada pelo “direito de ter direito” (Hannah Arendt).
O filme em questão abre com duas frases emblemáticas desse homem que faz imensa falta ao Brasil de hoje. As frases são:
- “Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido” – citando o artigo 1o da Constituição Federal da República Federativa do Brasil.
- “Odiar o Pecado mas amar o Pecador.”
Essas frases definem o jurista democrata e o homem de fé cristã.
Não quero e nem vou me estender mais em outras considerações sobre erros e atropelos por você cometidos, cidadão Joaquim, nesse episódio da decretação da prisão dos condenados pela ação penal 470.
O erro maior e degradante cometido foi aquele que quase causou e ainda pode causar a morte de outro cidadão brasileiro – José Genoino.
Vá correndo, portanto, cidadão Joaquim Barbosa, assistir ao filme para banhar-se nas águas da sabedoria cívica, na convicção democrática e na indignação desse homem cristão e justo contra as injustiças.
Por fim quero lhe dizer que ODEIO SEUS PECADOS, mas não posso deixar de amá-lo como PECADOR.
Luiz Carlos Barreto.
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O bilhete, em O Liberal de hoje,. |
1 comentários:
Perfeita sua postagem, Vera. Muito lúcido esse bilhete do Luiz Carlos Barreto. Quiçá outros homens corajosos, fizessem o mesmo !
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