quarta-feira, 2 de julho de 2014

Depois da Copa, Banpará vai implantar ponto eletrônico no controle da jornada. Vitória da luta! Que seja mais um instrumento transparente sobre direitos dos bancários e da capacidade de diálogo.

No final de julho, por força da ação judicial movida pelo Sindicato dos Bancários do Pará, o Banpará - Banco do Estado do Pará S.A. implantará o sistema eletrônico de controle da jonada, mais comumente chamado de ponto eletrônico. É uma luta de anos que agora vai virar realidade, permitindo que cada trabalhador saiba quantas horas trabalha por dia e garantir que a jornada, ou de 6 horas ou de 8 horas seja cumprida.  E se tiver horas extras trabalhadas, o devido pagamento. Se bem fiscalizado, o ponto eletrônico é um ótimo instrumento.

Ontem à tarde e até umas 19h, na matriz do Banpará, entidades sindicais viram a primeira demonstração de como vai funcionar o sistema do ponto eletrônico. E constataram que a jornada de 6 horas terá um intervalo de 15 minutos dentro da jornada. Isto é, se o trabalhador entrar às 8h e sair às 14, tem direito a um intervalo de 15 minutos dentro dessa jornada, período em que o computador ficará bloqueado. Não haverá acréscimo de 15 minutos e nem perda do intervalo.

Segundo o banco, o gestor imediato de cada bancário é a chave para justificar ausências na marcação do ponto, ou eventuais atrasos. É ao gestor imediato que o bancário deve se dirigir em caso de ausências, atrasos.  Para engenheiros e auditores, fica a alternativa de registrar o ponto nas unidades em que estiverem atuando Já gerentes de negócio, que têm atuação preponderante na rua, ficam subordinados ao gestor imediato para registrar ausências e atrasos.

Este é o período de testes do novo sistema e treinamento será dado por áreas. O cronograma informado pelo banco é este:

- a partir deste sábado 5, para gerentes e coordenadores, supervisores da Matriz, no centro de treinamento;

- no dia 8, pela manhã, para agências de Belém e das ilhas.
- no dia 9, em Castanhal,
- dia 12 em Marabá. E haverá uma data para Santarém ainda não confirmada.
Sindicato e Fetec.CN ficaram de acompanhar os treinamentos.

Pontos levantados pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec.CN e ContrafCUT durante a reunião com a diretora administrativa do Banpará, Márcia Miranda, sobre o ponto:

1) a possibilidade de, via gestão, a jornada possa ser encerrada às 17h e às 18h, dependendo de cada situação e de cada dia;

2) que se abra um canal na intranet para tirar dúvidas ao funcionalismo sobre o ponto;

3) que não haja a possibilidade de se abrir várias máquinas como mesmo login, a fim de evitar fraudes na jornada;

4) que o controle da jornada se faça sem inflexibilidade. Como eu disse várias vezes na reunião, que não se demonize o sistema de ponto eletrônico e sim, que seja uma modernidade nas relações de trabalho;

5) que não haja banco de horas, que o movimento sindical não aceita e sim compensação da jornada no mesmo dia ou na mesma semana;

6) que afora exceções como estagiário, diretoria e menor aprendiz, todo o funcionalismo registre sua jornada no sistema de ponto eletrônico, abolindo a anotação manual.

Sindicato, Fetec.Cn e ContrafCUT aguardam o material produzido e tem nova reunião marcada para o dia 7, as 15h, na sede da matriz do banco para possível assinatura de acordo aditivo, pois o ponto eletrônico, como eu disse acima, só está sendo implantado graças à ação judicial movida pelo sindicato. É uma vitória da luta!! Uma vitória nossa, portanto.

É preciso vigiar e orar, pois por melhor que seja o sistema, é no teste da vida real, das agências cheias de gente e da Matriz com sobrecarga e diversidade de trabalho que o ponto eletrônico vai ser posto à prova. E nenhum sistema é mais perfeito que a capacidade humana de dialogar, de ser flexível, de olhar as pessoas e não apenas as coisas.


Dia 2, na Matriz do Banpará a reunião das entidades sindicais com diretora do banco sobre ponto eletrônico.

Agora, é compatibilizar o sistema desenhado com o mundo real.
Participaram pelas entidades: Adilson Barros, ContrafCUT, Odineá Gonçalves e Rosalina Amorim, Sindicato e Vera Paoloni, Fetec.CN;

Pelo banco: Márcia Miranda, diretora, Oneide, superintendente RH, Roberta, coordenadora sistema, Caribé, coordenador jurídico, Eliene advoda Jefferson e Luciana, assessores e Jackson, técnico da TI.

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