Ontem à tarde e até umas 19h, na matriz do Banpará, entidades sindicais viram a primeira demonstração de como vai funcionar o sistema do ponto eletrônico. E constataram que a jornada de 6 horas terá um intervalo de 15 minutos dentro da jornada. Isto é, se o trabalhador entrar às 8h e sair às 14, tem direito a um intervalo de 15 minutos dentro dessa jornada, período em que o computador ficará bloqueado. Não haverá acréscimo de 15 minutos e nem perda do intervalo.
Segundo o banco, o gestor imediato de cada bancário é a chave para justificar ausências na marcação do ponto, ou eventuais atrasos. É ao gestor imediato que o bancário deve se dirigir em caso de ausências, atrasos. Para engenheiros e auditores, fica a alternativa de registrar o ponto nas unidades em que estiverem atuando Já gerentes de negócio, que têm atuação preponderante na rua, ficam subordinados ao gestor imediato para registrar ausências e atrasos.
Este é o período de testes do novo sistema e treinamento será dado por áreas. O cronograma informado pelo banco é este:
- a partir deste sábado 5, para gerentes e coordenadores, supervisores da Matriz, no centro de treinamento;
- no dia 8, pela manhã, para agências de Belém e das ilhas.
- no dia 9, em Castanhal,
- dia 12 em Marabá. E haverá uma data para Santarém ainda não confirmada.
Sindicato e Fetec.CN ficaram de acompanhar os treinamentos.
Pontos levantados pelo Sindicato dos Bancários do Pará, Fetec.CN e ContrafCUT durante a reunião com a diretora administrativa do Banpará, Márcia Miranda, sobre o ponto:
1) a possibilidade de, via gestão, a jornada possa ser encerrada às 17h e às 18h, dependendo de cada situação e de cada dia;
2) que se abra um canal na intranet para tirar dúvidas ao funcionalismo sobre o ponto;
3) que não haja a possibilidade de se abrir várias máquinas como mesmo login, a fim de evitar fraudes na jornada;
4) que o controle da jornada se faça sem inflexibilidade. Como eu disse várias vezes na reunião, que não se demonize o sistema de ponto eletrônico e sim, que seja uma modernidade nas relações de trabalho;
5) que não haja banco de horas, que o movimento sindical não aceita e sim compensação da jornada no mesmo dia ou na mesma semana;
6) que afora exceções como estagiário, diretoria e menor aprendiz, todo o funcionalismo registre sua jornada no sistema de ponto eletrônico, abolindo a anotação manual.
Sindicato, Fetec.Cn e ContrafCUT aguardam o material produzido e tem nova reunião marcada para o dia 7, as 15h, na sede da matriz do banco para possível assinatura de acordo aditivo, pois o ponto eletrônico, como eu disse acima, só está sendo implantado graças à ação judicial movida pelo sindicato. É uma vitória da luta!! Uma vitória nossa, portanto.
É preciso vigiar e orar, pois por melhor que seja o sistema, é no teste da vida real, das agências cheias de gente e da Matriz com sobrecarga e diversidade de trabalho que o ponto eletrônico vai ser posto à prova. E nenhum sistema é mais perfeito que a capacidade humana de dialogar, de ser flexível, de olhar as pessoas e não apenas as coisas.
![]() |
Dia 2, na Matriz do Banpará a reunião das entidades sindicais com diretora do banco sobre ponto eletrônico. |
![]() |
Agora, é compatibilizar o sistema desenhado com o mundo real. |
Pelo banco: Márcia Miranda, diretora, Oneide, superintendente RH, Roberta, coordenadora sistema, Caribé, coordenador jurídico, Eliene advoda Jefferson e Luciana, assessores e Jackson, técnico da TI.
0 comentários:
Postar um comentário