quarta-feira, 28 de dezembro de 2011 0 comentários

Vamos depositar mais uma graninha pro valente Moisés? É a solidariedade da virada, minha gente!

Lembram do  Moisés, nosso pequeno lutador, tantas vezes comentado neste blog e no da Maria Frô? Pois é, eu acompanhei hoje pela manhã o atendimento dele com a a terapeuta ocupacional do SUS, na URE Demétrio Medrado, que é a Unidade de Referência Especializada da Secretaria de Saúde do estado do Pará. Junto comigo, as companheiras solidárias feicianas Josie Pereira da Mota e Camila Filocreão.

Moisés tem ido toda semana à URE para tirar as medidas da perna mecânica e colocar um adaptador no que tem de bracinhos, treinar a escrita, escovação e todas as tarefas , usando o adaptador.  Por enquanto o adaptador ainda não é o dele, mas o treino já vem sendo feito.Na primeira foto, ele aparece com esse adaptador.

Sobre a  perna mecânica, já foram tiradas as medidas e deve chegar em janeiro. Vai ser um longo aprendizado para ele caminhar, pois hoje Moisés só se locomove pulando, tipo um saci. Mas ele mete na conversa e adianta: vou andar é bem rápido.  Diz e voltar a  mexer no celular, presente de Natal e o mais amado brinquedo.

A terapeuta ocupacional nos falou que Moisés vai precisar estar na URE 3 vezes por semana para amiudar os exercícios do adaptador nos barços e também quanco chegar a perna mecânica. Essa frequência vai exigir que d. Lucinda tire logo o passe livre nos ônibus pra ela e pro Moisés. Da URE até a casa dela, é uma hora de ônibus.

Perguntei se têm chegado depósitos na conta de poupança do  Moisés. Tem sim, bem pouco, mas tem. A conta tá precisando de uma adubada urgente, pois esse e vir de ônibus, pequenas despesas secaram os depósitos rapidamente.

Aproveito para apelar para a solidariedade de vocês. Qualquer valor serve, por mkenos que seja. E como tá chegando o Ano-Novo, vou anotar de novo aqui a conta de poupança da D. Lucinda, na Caixa Econômica Federal:
Nome completo da D. Lucinda: Maria Lucinda de Jesus Lima
Agência: 3229
Operação: 013
Conta : 13346-4
CPF da d. Lucinda (para quem faz depósito pela internet): 377.313.942-04
Ah!, os bancos funcionam só até quinta-feira, 30. Dia 31, o expediente é fechado. Mas ainda dá tempo pra ser solidário. Moisés merece, é um lutador que desafia as adversidades sempre com esse sorrisão no rosto, um otimista incorrigível, como diria o poeta. E nos ensina tanto esse menino valente!

Vendo de novo a coragem alegre de Moisés, lembrei do que li hoje no mural do feiciano Emir Sader. Compartilho aqui com vocês. É sobre otimismo, pessimismo e humanos:


Ser otimista não é desconhecer as dificuldades e os problemas do mundo existente. Mas é apostar nos germes transformadores que estão no mundo e em nós.

Ser pessimista é render-se a essas dificuldades e acreditar que o homem está condenado ao que há de pior em si e no mundo.

Ser otimista é dar sempre um viva à vida e ao lado de humanidade que todos os seres humanos temos.


Por último, quem quiser ligar pro  Moisés e pra d. Lucinda na virada do ano, o fone dele é 91.8191.5034 (da tim).

(Com exceção da última, todas as fotos foram feitas do meu celular).
Moisés pintou o cabelo, umas mechas louras tipo surfista. Me disse que fez isso "pra esperar o Natal".
Ganhou um celular e pediu pra mãe dele tirar um foto dele na sala de fisioterapia da URE, com o adaptador no braço.
O celular, presente de Natal da rede solidária, é o brinquedo mais querido.

O portão de entrada e saída da URE Demétrio Medrado. Moisés aparece aí no cantinho, à direita.

Esta última foto foi feita em outubro/2011 pelo fotógrafo Paulo Sarraf.

Leia também:

Pára tudo, gente! Bora fazer uma vaquinha pra este menino lutador?

Moisés lutador e a generosidade que faz parte da alma brasileira

Deslanchou o SOS, Moisés. Vamos acompanhar...

Amanhã, abertura da conta solidária do Moisés

A nova carinha do blog e a conta do Moisés

Tá aberta na Caixa Federal a conta solidária para ajudar o lutador Moisés

Bora dar uma força pro Natal do Moisés? A conta é na Caixa. ag. 3229, op. 013 conta 13.346-4
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011 4 comentários

Na Marujada de Bragança quem manda é a mulher, a capitoa

A Marujada tem 213 anos e é uma das mais antigas tradições paraenses, que junta mais de 80 mil pessoas em Bragança, cidade das mais antigas do Pará.

É meu primeiro Natal e a primeira festa da Marujada sem papai. De doer. Porque ele amava e vivia intensamente a  festa da marujada, desde a alvorada, a procissão, as rezas, os ensaios. Quando soava o repique do retumbão, ele marcava os sons com os pés, ensaiava passos de xote, chorado, mazuca, tudo junto com as marujas.

Fazia questão de contar pra gente que na marujada quem manda é a mulher, a capitoa e a sub-capitoa. Tem o capitão, mas a predominância da mulher de todas as idades é visível na festividade de São Benedito. E amava acompanhar a Procissão do Santo Preto em todos os dias e todos os momentos. Gostava de se misturar no meio de tanta gente, tantos belos sons e tanta história, música.

No período da festa, papai inventava pelo menos umas 30 necessidades de algum tempero, qualquer comprinha pra sair de casa e espiar as marujas, a Cavalhada, o som gostoso e quente do retumbão. Quando voltava pra casa, pegava um leve carão da mamãe porque passara muito tempo na rua. Ria, se balançava e continuava marcando o compasso do xote, o som da marujada invadindo a sala de jantar.

De onde se encontra, seu Heraldo deve ter se balançado muito hoje, auge da festa de São Benedito, padroeiro de Bragança.

E eu, quieta, tento acomodar meu coração agoniado de tanta saudade.


(Fotos da Marujada são do twitter do zecarlosdopv e do feice da bragantina Celeste Amujacy. A foto do meu banhando os pés na praia de Ajuruteua, fui eu mesma que fiz no dia 25 de dezembro de 2011).


Leia mais sobre a Marujada aqui.


 







sábado, 24 de dezembro de 2011 0 comentários

Feliz Natal meu povo!

Esse abraço apertado e caloroso meu pai amado me deu, Natais passados,  sob atento e carinhoso olhar da mamãe. Lá do céu ele continua a me abraçar, abraçar toda a família amada.

Para mulheres e homens de boa vontade, um Feliz Natal com a prática intensa da solidariedade e muito amor no coração, nas atitudes.

Felicidades, saúde e paz, meu povo!

Deixo aqui uma mensagem que recebi por sms da querida amiga Edenize, exímia cozinheira de sabores gostosos e naturais:

Que DEUS te cuide com carinho.
Que te indique o melhor caminho.
Que te ensine o verdadeiro Amor.
Que te perdoe quando preciso for.
Que Deus te dê asas pra voar.
Nos sonhos te ajude a pousar.
Mas também te mostre a realidade quando tiver que enfrentar.
Que Deus te dê forças pra encarar tudo que não tiver como mudar.
Que Deus te dê saúde
Que teu coração nunca mude
E se mudar, que seja para o reconhecimento de que precisamos melhorar.
Que ao envelhecer possas dizer que tua maior felicidade é VIVER.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 0 comentários

Luz sobre as trevas da privataria tucana. Lá e cá

Nas imagens, tucanos em xeque.

Nas duas primeiras imagens,o vídeo do debate promovido ontem à noite pelo Centro Barão de Itararé no valoroso Sindicato dos Bancários de São Paulo, com a presença de Amaury Ribeiro Jr, autor do livro "A Privataria Tucana", que vendeu em uma semana 120 mil exemplares. Mais de 450 pessoas presentes ao lançamento,na semana do Natal. O evento contou com blogueiros sujos e Paulo Henrique Amorim e o autor da CPI da Privatização, protocolizada ontem na Câmara dos Deputados. Registro que a bancada de deputados federais do Pará, composta por 4 deputados, assinou a CPI da Privatização. O Pará tem 17 deputados federais.

Nas três imagens finais, o lançamento da Frente contra a Privatização do Pará, no também valente Sindicato dois Urbanitários do Pará, com a presença de sindicalistas bancários, urbanitários, movimento estudantil e movimento popular, todos na resistência ao projeto de Parcerias Público-Privadas apresentado para votação pelo governo tucano do Pará na Assembleia Legislativa do Pará e que não foi votado graças à pressão dos movimentos sociais e da atuação competente da bancada de oposição, tendo à frente o PT. Mas foi só uma pausa. O projeto de lei que privatiza todo o setor público no Pará volta à cena em fevereiro, após o término do recesso legislativo. E o governo tucano de Jatene tem voto de sobra para aprovar essa barbaridade privatista, modelo que não deu certo, mas que volta a cada governo tucano. Haja resistência!

Aqui, aqui e aqui  mais sobre o projeto de lei das PPP's do Pará e a  resistência dos movimentos sociais, com atuação de parlamentares de esquerda.

Voltarei para desejar a todos e todas um natal de luz, serenidade, paz, energia e amor!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011 0 comentários

Bora dar uma força pro Natal do Moisés? A conta é na Caixa ag. 3229, op.013 conta 13346-4

Vocês lembram do Moisés, o pequeno lutador que enfrenta todas as adversidades pessoais com muita garra? Pois é, ele ainda estáem tratamento, mas vai chegar neste Natal sem a perna mecânica ainda, embora toda quinta=feira ele don Lucinda, a mãe dele, estejam na fila do E na conta que abrimos na Caixa não tem pingado nenhum realzinho faz é tempo.

Por isso, meu povo do feice, das redes sociais e que tem alma e prática solidárias, bora fazer um pequeno depósito na conta da mãe do Moisés, na Caixa Econômica Federal.


A conta é na Caixa, ag. 3229, op. 013 e conta 13.346-4.

Natal tá chegando e Moisés quer um presente de Natal. O escritor e blogueiro Raimundo Sodré faz o mesmo apelo em seu feice hoje, lembrando que o 13º tá chegando na conta. Hora de abrir o coração, a mão e o bolso, porque diz o Sodré, solidariedade não tem bandeira:

Raimundo Sodré
Amanhã sai o décimo, tá todo mundo granado. vamos lá fazer uma pré pro Moisés.
Vamos lá, dona Edna Nunes, acione a conta do Elói aí no Banpará vamos dar essa força pro Moisés. Alô, galera do Leão, do Papão, da Águia. Solidariedade não tem bandeira.
"Está aberta a conta solidária para ajudar o pequeno Moisés e a família dele. A conta é na Caixa Econômica Federal, ag. 3229, op. 013 e conta 13.346-4. Já podem depositar."

mais sobre o Moisés, no blog da Vera Paoloni http://lapaoloni.blogspot.com/
lapaoloni.blogspot.com



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 0 comentários

Parabéns, companheira Dilma pelo aniversário!

Muita força e muita luz no teu caminho, Dilma!




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011 0 comentários

Lula faz a terceira e última sessão de químio. #forçaLULA


Segundona começando, após o Pará ter dito majoritariamente Não à divisão do Estado, ontem no plebiscito. Disseram  NÃO 2.363.561 (66,60%) eleitores. Disseram SIM 1.185.546(33,40%) e 25,71% se abstiveram. Agora, é recomeçar, com muitas feridas escancaradas. Não basta dinheiro apenas, precisa de vontade política para fazer, unir de verdade. (A foto é da quadra de esportes do Colégio do Carmo, na Cidade Velha, primeiro bairro de Belém, ontem na hora da votação).


No facebook, Oswaldo Chaves Júnior diz:

Não há vitoriosos neste plebiscito. Ninguém ganha com o esfacelamento das relações entre Oeste/Sul/Sudeste e o Nordeste.

E não adianta agora dizer que a culpa é da falta da união entre os poderes.

Jatene o PSDB são culpados pela evasão dos impostos dos minerais pela Lei Kandir. E agora trazem a baila um recorte de lei, cópia mal feita de legislação da Bahia e de Minas, consideradas inconstitucionais pela justiça

Leia também o que diz a blogueira Franssinete Florenzano.

O blogueiro Luís Cavalcante fez sua Carta testamento.

E a Perereca da Vizinha indaga (Até quando, Senhor Deus?)

#ForçaLULA -E nesta segunda, Lula faz a terceira e última sessão de químio. #ForçaLULA, força companheiro! Vai dar tudo certo.

No movimento sindical bancário, hoje em Brasília será resolvido, no Tribunal Superior do Trabalho (TST) o dissídio do banco da Amazõnia e a greve parcial que completa 77 dias.

E em Belém, continuam os trabalhos intensos de bastidores e política para as prévias do PT na escolha do candidato a prefeito de Belém.

Muito trabalho, então. vamos que vamos! A luta continua.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011 0 comentários

Trazidas para a luz as privatizações tucanas dos anos 1990.


Duas ótimas sugestões de presente de Natal para quem gosta da verdadeira história do Brasil. O primeiro, é o livro que conta com riqueza de detalhes o que foi a privataria tucana dos anos 1990. O livro chegou hoje às bancas e a velha mídia não deu nota, não fez debate, como denuncia o Blog Cidadania.

O segundo, é a briografia da presidentA Dilma, "A Vida quer coragem"


As duas obras trazem para a luz histórias que estavam cobertas pelas trevas.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011 1 comentários

Sindicato dos Bancários do Pará: 78 de resistência e luta. Parabéns!

Hoje é a festa do 78 anos do Sindicato dos Bancários do Pará, que completou aniversário no dia 23 de novembro e a festa ficou pra hoje, véspera de feriado em Belém.

Na minha biografia de mulher simples e lutadora, tenho a honra de registrar ter sido a primeira mulher a presidir o valoroso sindicato dos bancários (hoje também presidido por uma mulher).

Fui presidenta numa época difícil, no período turbulento, maligno e adverso do governo FHC e quem foi sindicalista do sindicalismo combativo ou viveu e trabalhou nessa época sabe muito bem do que estou falando: perseguição, reajuste zero, PDVS (programas de demissão "voluntária), privatização/liquidação de bancos estaduais, telefônicas, centrais elétricas. Tempo de desesperança, tristeza e baixa estima. Tempo de muita brabeza e muita resistência. Foi um tempo de resistir, resistir e resistir.

A duras penas e com muito envolvimento da sociedade e do funcionalismo, conseguimos manter o Banpará em pé.

Com A -Só uma historinha de luta silenciosa e afirmativa do tempo em que presidi o Sindicato: quando enviava ofícios oas bancos, governos, assinava presidenta, com "a", o que era recebido com caras tortas,deboche ou crítica de que era "erro gramatical".

Vou comemorar os 78 anos do meu, do nosso valente Sindicato dos Bancários. Longa vida ao sindicato! Parabéns à diretoria e às lutadoras e lutadores que palmilharam esse caminho e foram construindo o que temos hoje. Parabéns Alex, Valtinho, Betinho e Rosalina, em nome dos quais parabenizo a toda a companheirada que constrói com luta e alegria o bravo sindicalismo bancário no Pará!
Antes de ir à festa dos 78 anos do Sindicato dos Bancários, passarei na noite de autógrafos do Fábio castro, que lança hoje o livro  "Entre o mito e a fronteira". Às 7 da noite, na Dr. Moraes, 584. E se conseguir convite, ainda vou assistir a peça Orfeu, no Teatro da Paz.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011 3 comentários

Por que eles esconderam a cara? A vida quer coragem

Os militares escondem a cara. Dilma sustenta o olhar, com a dignidade de quem se sabe no rumo certo.

Toda a história vem contada na biografia dela, escrita pelo jornalista Ricardo Amaral. O livro A vida quer coragem chega nas livrarias nesta primeira quinzena de dezembro.
ré Dilma na sede da Auditoria Militar no Rio de Janeiro, em novembro de 1970. Ao fundo, os oficiais que a interrogavam sobre sua participação na luta armada escondem o rosto com a mão (Foto: Reprodução que consta no processo da Justiça Militar).

Aqui, trechos da resposta firme e emocionada da então ministra Dilma ao senador Agripino Maia, no Senado em 2008. Mais embaixo, a íntegra e o vídeo.

Eu tinha 19 anos, eu fiquei 3 anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada senador, e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores, compromete a vida de seus iguais, entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia se fala a verdade.

==
Diante da tortura quem tem coragem, dignidade, fala mentira. A sedução, a tentação  de falar o que ocorreu e dizer a verdade é muito grande, senador. A dor é insuportável. Eu me orgulho de ter mentido. Porque eu salvei companheiros da mesma tortura e da morte.
==
Não tenho nenhum compromisso com a ditadura, em termos de dizer a verdade. Eu estava num campo, eles estavam noutro.
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O que mata na ditadura é que  não há espaço pra verdade porque não há espaço pra vida, senador. Porque algumas verdades, até as mais banais, podem conduzir à morte. É só errarem a mão no seu interrogatório.
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Eu combati a ditadura militar e disso eu tenho imenso orgulho.

Montagem desta foto, histórica, com a resposta, também histórica, de Dilma à provocação do senador Agripino Maia. Vídeo sugerido por Gerson Carneiro.



Fiz questão de degravar a fala da Dilma ao senador Agripino Maia, em 2008, quando foi ao Senado. Pode ver, ler e escutar:

Eu tinha 19 anos, eu fiquei 3 anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada senador, e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores, compromete a vida de seus iguais, entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia se fala a verdade.

Não se dialoga, não é possível supor que se dialogue com o pau de arara, o choque elétrico e a morte, não  há esse diálogo.

Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor  à democracia brasileira.

Eu tinha 19 anos, eu fiquei 3 anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada senador, e qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores, compromete a vida de seus iguais, entrega pessoas para serem mortas. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia se fala a verdade.

Diante da tortura quem tem coragem, dignidade, fala mentira. A sedução, a tentação  de falar o que ocorreu e dizer a verdade é muito grande, senador. A dor é insuportável. Eu me orgulho de ter mentido. Porque eu salvei companheiros da mesma tortura e da morte.

Não tenho nenhum compromisso com a ditadura, em termos de dizer a verdade. Eu estava num campo, eles estavam noutro.O que tava em questão era  a minha vida e a de meus companheiros.

Não há verdade, não há espaço pra verdade, é isso que mata. O que mata na ditadura é que  não há espaço pra verdade porque não há espaço pra vida, senador. Porque algumas verdades, até as mais banais, podem conduzir à morte. É só errarem a mão no seu interrogatório.

E eu acredito, senador, que nós estávamos em momentos diversos da nossa vida em 70. Eu tinha entre 19 e 21 anos e, de fato, eu combati a ditadura militar e disso eu tenho imenso orgulho.

 Leia mais aqui.
domingo, 4 de dezembro de 2011 1 comentários

Sócrates, vai na luz e na paz, irmão!

Ainda tou passada com a morte, o desencarne de Sócrates, companheiro que aprendi a respeitar e admirar. Ele deu uma entrevista (a última, creio) à Marília Gabriela e vai ser reexibido neste domingo, às 11 da noite, no SBT (De frente com Gabi)
O texto a seguir está na Carta Capital: Nunca houve um ídolo como Sócrates.
O mundo seria melhor se houvesse dois Sócrates a cada século.
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Bons jogadores surgem todos os anos. Só alguns viram ídolos. Desde o começo dos anos 90, quando fomos picados pela praga do futebol, vimos nascer muitos craques (e muitos tantos se perderem).
Na ordem: Raí (irmão de Sócrates), Edmundo, Rivaldo, Edílson, Ronadinho (hoje Ronaldo), Amoroso, Marcelinho Carioca, Giovani, Rogério Ceni, Luis Fabiano, Alex, Ronaldinho (o Gaúcho), Kaká, Robinho, Adriano, Fred, Kleber, Ganso e, agora, Neymar.

"É um azar, pior para o futebol”, disse Sócrates após a derrota da seleção brasileira para a Itália na Copa do Mundo de 1982. Foto: Jorge Duran/AFP
Desses, alguns já deixaram de jogar, e poucos, a muito custo (e com o devido distanciamento temporal), ainda podem ser chamados de craques.
Entre todos eles, e tantos que não dá nem para citar, poucos podemos dizer que são, de fato, especiais, revolucionários, exemplares. Engajados, então…
Mesmo com o selo de embaixadores de entidades como a Unicef ou órgãos representativos (como a CBF…) ao longo ou ao fim da carreira, nenhum desses jogadores teve leitura melhor de seu esporte, de seu tempo e de seu País do que Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, morto na madrugada deste domingo 4.


Não, não vimos Doutor Sócrates em campo. Nós, que ainda não chegamos aos 30, dele sabemos apenas dos melhores momentos, pela tevê, de uma Copa que se acabava quando mal tínhamos nascido – e que foi a prova de que não é preciso ser campeão para ser inesquecível. Uma seleção em que Sócrates era maestro e referência.
Fora de campo, nenhum ex-jogador foi tão presente como ele. Pelé virou garoto-propaganda (poucas vezes o vimos falar algo que não fosse ensaiado, escrito anteriormente para campanhas para a educação ou disfunção sexual); Garrincha morreu novo, sem deixar grandes reflexões sobre seu ofício; Rivelino e Falcão, ambos acima da média, viraram comentaristas (um já se arriscou como dirigente e outro, como treinador).
Zico virou boa-gente, daqueles que se pode ficar a tarde toda falando sobre o mundo da bola, o Rio, o Japão, os bastidores da Copa, a relação com a torcida. É diferenciado.
E Romário começa a mudar paradigmas, com uma atuação implacável como deputado federal eleito pelo Rio.

Sócrates Brasileiro - 1954 - 2011. Foto: U. Dettmar/ABr
E paramos aqui. Quem não sumiu (ou se omitiu), anda por aí fazendo o elogio da ignorância no papel de arrivista de primeira linha – daqueles que se infiltram entre os boleiros para desfilar preconceitos ao vivo na tevê. Um certo ex-meio-campo que virou comentarista é talvez o maior exemplo deles, uma espécie de porta-voz de atletas mimados, pipoqueiros, vazios e malcriados.
Mas Sócrates era outra coisa. Ninguém tinha tanto a falar sobre o mundo em que viveu e o mundo que deixaria como herança – um mundo um pouco melhor do que o seu, mais aberto, mais democrático. Tão democrático que, quando soube que precisaria de um transplante de fígado para se curar, lembrou, a quem quisesse ouvir, que era um cidadão como qualquer outro. E que, portanto, deveria esperar sua vez, na fila para doação, como qualquer brasileiro – sem privilégios, lobbies, choros ou vela..
Sócrates chamava a atenção desde as categorias de base de seu Botafogo, de Ribeirão Preto. Destacava-se dentro das quatro linhas, e chamava a atenção dos repórteres que o viam em alguma preliminar dos juniores. Quando alguém demonstrava admiração pelo seu futebol, os repórteres da região que já o conheciam avisavam: “E olhe que ele não tem tanto tempo para treinar. É estudante de medicina”.
As condições sociais, as pressões, os compromissos dentro e fora de campo tornam quase uma covardia dizer que, como Sócrates, todos deveriam ter as mesmas referências, os mesmos estudos, a mesma base, a mesma formação.
Ele fez a escolha pela bola, e a maioria, não.
É fato que poucos corintianos seriam capazes de deixá-lo fora de uma seleção dos melhores jogadores de todos os tempos. Mas, diferentemente da maioria, a bola para ele nunca foi uma ponte apenas para o sucesso, a fama, a idolatria.
A bola, para Sócrates, foi uma espécie de palanque que lhe permitiu compartilhar ideias, críticas, indignação verdadeira com o estado das coisas. Que o diga sua última coluna emCartaCapital, sobre os impactos, sociais e ambientais, que a Copa do Mundo de 2014 trará para as cidades-sede.

Sócrates, ao lado do presidente Lula, durante partida entre políticos e ex-jogadores na Granja do Torto, em Brasília, em 2005. Foto: U. Dettmar/ABr
Quem se não ele? Dotado de uma inteligência que, no meio-campo, permitia ver espaços e jogadas que ninguém mais via, com a rapidez que só os gênios da bola dominam, Sócrates era também um visionário das brechas de seu tempo, de sua história. Uma história da qual sempre foi sujeito ativo. Coragem para isso não lhe faltou.
E é essa imagem que levamos dele. Brilhar pode não ser fácil. Mesmo assim, muitos brilharam, muitos driblaram, muitos marcaram gols antológicos e correram para a torcida.
Ao fim do jogo, o que disseram para toda essa gente de pé, que aplaude e vaia (e ouve)? Que espetem seus cabelos à moicano? Que usem faixas na testa? Que comprem o maior número de carros importados para apagar qualquer resquício das origens humildes?
Ou que rasguem bandeiras, pensem e lutem por um mundo melhor, menos desigual, mais humano? E dialoguem de igual para igual com cartolas (muitos ainda são déspotas, esclarecidos ou não), jornalistas, poder público?
De Sócrates não haverá grande jogada, gol ou vibração que se compare com a sua postura, coerência, engajamento e inteligência fora de campo.
O mundo seria melhor se houvesse dois Sócrates a cada século.
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As frases selecionadas na entrevista à Marília Gabriela:
• O sistema brasileiro é bastante corrupto. Se for mexer mesmo, não sobra muita gente.
• Essa Copa do Mundo está muito mal “ajambrada”, muito mal organizada.
• Existe uma inversão de valores. Estamos construindo estádios e a maioria dos materiais não estão licitados.
• Nós temos vícios quase eternos na concepção de governo.
• O futebol virou uma grande empresa, um balcão de negócios.
• Para o Brasil seria muito melhor não ter a Copa do jeito como está sendo feito. É um produto privado e estão usando recursos estatais.
• Eu estou zerado (quanto à doença).
• A questão do transplante resolveria o problema, se houvesse um doador compatível.
• Eu tenho cirrose em um pólo do fígado. A área que foi atingida diz respeito ao sistema circulatório, por isso tive hemorragias.
• Eu não tenho Hepatite B, nem C, foi um pouco de bebida, hipersensibilidade
• Eu não bebia todo dia, mas sempre gostei de uma companhia para uma cervejinha.
• O álcool é extremamente perigoso, você não sabe o que ele pode causar no corpo.
• Os jovens estão exagerando muito no álcool, antigamente era uma coisa mais lúdica.
• Eu nunca escondi que tomava a minha cerveja. Nesse meio as pessoas não se abrem, não mostram quem são.
• Aprendi a tomar vinho na Itália.
• Perdi 25 kg, mas já recuperei 5kg.
• Eu nunca fui de beber muito (quantidade). Eu bebia constantemente.
• Eu não sinto falta (de álcool), não tenho dependência química.
• Sempre percebi que era uma pessoa querida, mas nesse volume não.
• É legal porque você aprende também. Nenhum médico sabe tudo.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011 0 comentários

Petição pública para que homens tenham direito à licença-paternidade de 30 dias. Abrace esta ideia como se fosse seu filho

Ampliar a licença-paternidade que hoje é de 5 dias para 30 dias, desde o 1º dia de nascimento da criança.

Com essa proposta, desde agosto deste no, tramita na Câmra dos Deputados o Projeto de Lei 879/2011, de autoria da bancária e deputada federal do PT-DF, Erika Kokay que foi presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília e é uma  valorosa lutadora dos direitos humanos, direitos trabalhistas e da causa da infância, adolescente, mulher e minorias..

O PL 879/2011 propõe que a alteração da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) em referência à licença paternidade,  de 5 para 30 dias. Para a deputada petista, a ideia é que pai e mãe  tenham condições efetivas de compartilhar os trinta primeiros dias de vida do bebê.

Clique aqui para assinar a petição pública.


Merece aplausos a sacada da deputada federal e sindicalista bancária que lançou, no dia 28 de novembro, o site oficial da campanha "Licença-paternidade - Abrace essa ideia como se fosse seu filho".
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Os bastidores da mudança no Jornal Nacional

Por Rodrigo Vianna, em o Escrevinhador:

A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do "JN". No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta - atual apresentadora do "Fantástico".

Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.

Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global. Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.

Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo

Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco. E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.

Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.

Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.


Kamel foi o ideólogo da “retomada consevadora” na Globo durante os anos Lula. Amauri foi “exilado” num cargo em Nova Yorque. Patrícia Poeta partiu com ele. Os dois aproveitaram a fase de “baixa” pra fazer “do limão uma limonada”. Sobre isso, o Marco Aurélio escreveu, no “Doladodelá”.

Alguns anos depois, Amauri voltou ao Brasil para coordenar projetos especiais; Patrícia Poeta foi encaixada no “Fantástico”. Só que Amauri e Kamel não se falavam. Tenho informação segura de que, ainda hoje, quando se cruzam nos corredores do Jardim Botânico, os dois se ignoram. Quando são obrigados a sentar na mesma mesa, em almoços da direção, não dirigem a palavra um ao outro. Amauri sabe como Kamel tramou para derrubá-lo.

Pois bem. Já há alguns meses, logo depois da eleição de 2010, recebemos a informação de que Ali Kamel estava perdendo poder. Claro, manteria o cargo e o status de diretor, até porque prestou serviços à família Marinho – que pode ser acusada de muita coisa, mas não de ingratidão.

Otavio Florisbal, diretor geral da Globo, deu uma entrevista ao UOL no primeiro semestre de 2011 dizendo que a Globo não falava direito para a classe C (o Brasil do lulismo). Por isso, trocou apresentadores tidos como “elitistas” (Renato Machado saiu pra dar lugar ao ótimo Chico Pinheiro – aliás, também amigo de Amauri). A  Globo do Kamel não serve mais.

Lembremos que, desde o começo do governo Lula, a Globo de Kamel implicava com o “Bolsa-Família”. Kamel é um ideólogo conservador. Por isso, nós o chamávamos de “Ratzinger” na Globo. É contra quotas nas universidades, acha que racismo não existe no Brasil. Botou a Globo na oposição raivosa, promoveu a manipulação de 2006 na reeleição de Lula (por não concordar com isso, eu e mais três ou quatro colegas fomos expurgados da Globo em 2006/2007). E promoveu a inesquecível cobertura da “bolinha de papel” em 2010 – botando o perito Molina no “JN.

Nas reuniões internas do “comitê” global, ao lado de Merval Pereira, tentava convencer os irmãos Marinho dos “perigos” do lulismo.

Lula sabe o que Kamel aprontou. Tanto que no debate do segundo turno, em 2006, nem cumprimentou Kamel quando o viu no estúdio da Globo. Isso me contou uma amiga que estava lá.

Os irmãos Marinho parecem ter percebido que Kamel os enganou. O lulismo, em vez de perigo, mudou o Brasil pra melhor. Mais que isso: a Globo agora precisa de Dilma para enfrentar as teles, que chegam com muito dinheiro e apetite para disputar o mercado de comunicação. Kamel já não serve para os novos tempos. Assim como os “pitbulls” Diogo Mainardi e Mario Sabino não servem para a “Veja”.

Dilma buscou os donos da mídia, passada a eleição, e propôs a “normalização” de relações. O governo seguiu apanhando, na área “ética” – é verdade. O que não atrapalha a imagem de Dilma. Há quem veja na tal “faxina” um jogo combinado entre a presidenta e os donos da mídia. Será? Dilma tiraria as “denúncias” de letra (o custo ficaria para Lula e os aliados). Do outro lado, os “pitbulls” perderiam terreno na mídia. É a tal “normalização”. Considero um erro estratégico de Dilma. Mas quem sou eu pra achar alguma coisa. O fato é que a estratégia hoje é essa!

Patricia Poeta no “JN” parece indicar que a “normalização” passa por Ali Kamel longe do dia-a-dia na Globo (ele ainda tenta manobrar aqui e ali, mas já sem a mesma desenvoltura). Isso pode ser bom para o Brasil.

Não é coincidência que a Globo tenha permitido, há poucos dias, aquela entrevista do Boni admitindo manipulação do debate de 89. A entrevista (feita pelo excelente jornalista Geneton de Moraes Neto) foi ao ar na “Globo News”. Alguém acha que iria ao ar sem conhecimento da família Marinho? Isso não acontece na Globo!

Durante os anos de poder total de Kamel, a Globo tentou “reescrever” o passado – em vez de reconhecer os erros. Kamel chegou a escrever artigo hilário, tantando negar que a Globo tenha manipulado a cobertura das Diretas. Virou piada. Até o repórter que fez a “reportagem” em 84 contou pros colegas na redação (eu estava lá, e ouvi) – “o Ali é louco de tentar negar isso; todo mundo viu no ar”.

Ali Kamel nega o racismo, nega a manipulação, nega a realidade. Freud explica.

Agora, Boni reconhece que a Globo manipulou em 89. Isso faz parte do movimento de “normalização”. O enfraquecimento de Kamel também faz.

Tudo isso está nos bastidores da troca de apresentadores do “JN”. Mas claro que há mais. Há a estratégia televisiva, pura e simples. Fátima Bernardes deve comandar um programa matutino na Globo. As manhãs são hoje o principal calcanhar de aquiles da emissora carioca. A Record ganha ou empata todos os dias. Com o “Fala Brasil”, e com o “Hoje em Dia”. Ana Maria Braga não dá mais conta da briga – apesar de ainda trazer muita grana e patrocinadores.

Fátima deve ter um novo programa nas manhãs. Ana Maria será mantida. Até porque na Globo as mudanças são sempre lentas – como no Comitê Central do PC da China. A Globo é um transatlântico que se manobra lentamente.

Se a Fátima emplacar, pode virar uma nova Ana Maria. O programa dela deve contar com outras estrelas globais (Pedro Bial, quem sabe?).

A mudança de apresentadores tem esse duplo sentido: enfraquecimento de Kamel (que continuará a ter seu camarote no transatlântico global, mas talvez já não frequente tanto a cabine de comando); e estratégia pra recuperar audiência nas manhãs.

A conferir.
 
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